•~Capítulo Cinco~•

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Estávamos na minha cobertura. Dei uma pequena conferida ao meu local de morada e fiquei com vergonha - a pia estava cheia de louças para lavar. Benjamin apenas ficava parado como uma estátua, nem se prestava a analisar o local.

- Não sei o que dizer... - comento.

- Diga o que se deve dizer.

- O que se deve dizer? Fique à vontade?

- Acho que é.

- Você é bem folgado, não é? - Me olhou com uma cara tediosa. - Okay! Sente-se. - Indiquei o meu luxuoso sofá que obtive com o meu suor e dedicação - Sim meu poder requer bastante esforço. Nos sentamos e ele cruzou as pernas de modo masculino. - Bom já que existe esse lado sigiloso. O que pode me contar?

- Sou autorizado a te dizer que vim aqui a pedido do seu mentor, falando sério só vim porque a Lydia me obrigou. Os nossos mentores são amigos, então acho que devemos ser também.

- Lydia é sua mentora?

- Exato. A diferença é que seu mentor está fazendo o chamado indiretamente.

-  Por que devo acreditar em você?

- Porque sou o único que posso te ajudar na terra. Se eu pudesse te conectava a Lydia, para ela lhe confirmar. Ainda que eu te desse meu auxiliar, ele não funcionaria com você. A Pulseira é permitida apenas para fazer ligação entre mim e a minha mentora.

- Simples! Conecte-me ao meu mentor.

- Não é tão simples. Tem sempre uma cerimônia antes e você precisa ter seu próprio auxiliar.

- O que é auxiliar?

- Não posso te dizer aqui. Eu não deveria nem ter mencionado sobre a minha pulseira e o nome da minha mentora. Sinta- se lisonjeada por ter me feito quebrar as regras! - Quantas vezes ele iria fazer eu dar aquela revirada de olhos. - Qual o poder que o seu mentor te agraciou?

- Bom é um poder um pouco estranho...

- Prossiga!

- Há mais ou menos seis meses, eu estava praticamente na merda. Como você sabe sempre tentamos idealizar uma vida melhor e tal... Simplesmente imaginei cada centímetro dessa cobertura. E quando menos esperei, eu estava aqui! Outras vezes que eu desfrutei de minha habilidade, foi quando fiz a chave dessa cobertura e coloquei grande números de dinheiro na minha conta bancária - Fiz todo o resumo da minha fascinante descoberta e ficamos um tempo em silêncio. De repente ele se retrai e solta altas gargalhadas. Franzi o meu cenho - Do que você está rindo? Idiota!

- Só pode estar de brincadeira, não é? Deixa eu adivinhar... É telepática?

- Não! Quer dizer... talvez?

- Uau! Fico feliz que meu chutômetro esteja em boa forma.

- Eu te juro que eu tenho esse poder. No entanto, eu disse o "talvez" porque antes de ontem eu li a mente de uma menina esquisita. Ela até veio falar comigo e também mencionou coisas parecidas sobre mentor.

- Ou seja, você é telepática!

- Não sou telepática! Na verdade, um pouco. Mas eu tenho esse tal poder. Vou te provar! - Ele riu ainda mais. O que me deixou enfurecida.

Os Adamantinos De Sangue E NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora