•~Capítulo Trinta~•

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Jéssica


Extraordinariamente e simultaneamente nos encontramos no quintal da casal de Verity, onde se desencaminhava uma partida de golfe prática e amistosa. Jogávamos individualmente, no qual cada acerto da bolinha no buraco representava cerca de dez pontos. Somente Alluna que não se intrometia na brincadeira e nos observava nas mesas de guarda-sol que perseguiam os ladrilhos de pedras rústicas, a qual lia um livro de poesias.

A piscina ondulava drasticamente em suas águas e a folhas das árvores farfalhavam em coro de um vento vasto. A tarde estava redondamente rosada, o local onde as nuvens meticulosamente afofadas do turquesa flutuavam pelo céu que se clareava pelo sol charmoso.

Príncipe estava no seu ápice da animação se aprumando e se derrubado pela grama, pulando como um trampolim interminável, o qual derramava sua língua para fora da boca em meio de controlar sua respiração.

- Argh! Nem acredito que é hoje a reunião da Assembleia Kizarde. - Verity despeja o taco na bola, sinalizando um lembrete em seu óbvio estado de espírito que se afastava do otimismo.

De um jeito irreparável e esnobe, Sirkal joga a sua capa para o ar, a qual se estapeia levemente por um fio no meu rosto, no de Zuri e por fim no de Jagger. Ficamos indignados, mas não somos acolhidos e o Mago cruza os tornozelos elegantemente, se agachando para mirar bem a bola no buraco.

- Como eu sei que todos daqui são medrosos e covardes ao ponto de não terem o peito suficiente de ressurgir a questão de esconder a senhorita Alluna dos integrantes da Assembleia Kizarde, eu mesmo me responsabilizo por essa obra! - O negro de olhos azuis escuros metálicos atira a bola, a golpeando no encaixe da terra.

Benjamin trinca a mandíbula, forçando sua mão no apoio do taco, para que deixasse o objeto em pé e totalmente na vertical. Alluna se empertiga em sua cadeira, deslocando seu olhar de seu livro para prestar atenção a nossa união na circulação de onde jogávamos a partida. Zuri instantaneamente descarrega de suas têmporas a tensão do tédio, visivelmente se borbulhando no que poderia está prestes a acontecer. Meu coração pulsa temeroso e estalo os dedos da minha mão direita, desenvolvendo o meu nervosismo.

- Sirkal... Meu queridissimo amigo! Eu não sei o que se passa pela sua cabeça, mas você sabe muito bem do que comentamos e decidimos em questão à Alluna - O Magistral da Flor de Lis diz entredentes, em um pódio elevado.

- Eu também não faço a mínima ideia do que se passa pela sua cabeça, senhor Benjamin! - A voz de Verity se enche de força. - Porque ao meu ver, eu não estive em consenso algum de buscar solução quanto à senhora Alluna presenciar a Assembleia Kizarde ou não.

A imagem de Jagger engolindo em seco de olhos arregalados devido ao clima que se instalou por agora perpassou por meus olhos e Hanu sugou todo o oxigênio possível da atmosfera, rodeando sua mão no apoio do taco, como se tivesse se preparando para mais uma batalha extrema de sua vida.

- De jeito algum, Alluna irá conosco ultrapassar os limites do Vrandertte e participar da Assembleia Kizarde! - Benjamin cospe as palavras sem educação sequer, recusando a proposta de Verity e Sirkal, a mesma que Hanu apoiava.  O que era um pouco contraditório para um Senhor Magistral integrante de uma reunião da suprema corte. No qual era completamente inaceitável trair um decreto Imperial.

- Você não entende? Não é correto escondermos uma Tyrve em nosso convívio, sendo que se ocorre um decreto de ordenamento Imperial! - Sirkal gesticula em áurea aflorada.

Os Adamantinos De Sangue E NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora