Capítulo 23

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Narradora on****

A dupla andava sob o Sol escaldante, estavam naquela caminhada por horas desde o momento em que saíram da floresta.

Aquilo não era normal, aquela área montanhosa não era para ser tão quente e seca. Dorian se lembrava muito bem do lugar, possuía uma bela vegetação e pequenos rios cortando caminho no pé da montanha.

Mas agora, tudo estava seco, queimado e devastado pelas chamas.

Helena: o...o que aconteceu aqui? (A morena pergunta)

Dorian: ...dragões...(O fauno responde)

Helena se arrepia com o pensamento, por que eles fariam algo assim?

E como se Dorian pudesse ler os pensamentos da humana, ele responde:

Dorian: os reinos estão em guerra, se lembra? Como se já não bastasse a ameaça de Malak, o Imperador dos dragões enlouqueceu. (Dorian revela)

Helena: o suposto pai de Pendragon? (A jovem pergunta)

Dorian concorda com a cabeça.

Dorian: ele está tentando impor sua soberania nas outras raças, e estamos falando de dragões aqui. Criaturas de escamas impenetráveis que voam e soltam fogo. É meio difícil tentar negar algo para eles. (Dorian fala, tenso)

Helena então se lembra da flecha de prata em Arthur quando o mesmo era um filhote. Talvez esse seja o motivo, ele ainda era um bebê, suas escamas ainda não deviam estar completamente desenvolvidas.

Dorian: chegamos, o portão das Minas Drundini. (Dorian fala, observando a grande porta de pedra)

Gravuras em uma língua que Helena desconhecia estavam cravadas nas bordas da grande porta.

A morena observa grandes arranhões na rocha pesada, e marcas negras e chamuscadas. A entrada da cidade dos anões esteve sob ataque porém aguentou sem muitos danos.

: QUEM SÃO VOCÊS? O QUE QUEREM?! (Uma voz masculina e grossa é ouvida, ecoando de algum lugar)

Helena olha para cima e consegue ver uma pequena brecha na grande muralha ao pé da montanha, o rosto barbudo de um homem estava a mostra, encarando a ela e seu amigo com suspeita.

Helena: err- (ela é interrompida por Dorian)

Dorian: está é Helena, a bruxa de outro mundo! Ela veio falar com o Ancião! (O fauno fala alto)

: BRUXA? NÃO TENTE ME ENGANAR, FAUNO! NÃO ESTAMOS COM HUMOR PARA SUAS PIADINHAS! (O anão grita, irritado)

Dorian está prestes a refutar quando é impedido por Helena, que sorri para seu amigo e se vira para o anão.

Helena: por favor, caro senhor anão, estou no início de uma longa jornada e preciso cumprir com o dever que me foi dado antes de atravessar o portal para cá! Já vi um pouco do que estas terras estão passando, e não consigo imaginar como deve estar sendo doloroso. Eu peço, me dê uma chance de provar a mim mesma! (A humana fala, com a mão no peito)

Silêncio...

E então a grande porta de pedra lentamente se abre, tochas são vistas no fundo do túnel subterrâneo.

E então um grupo de vinte anões surge, cercando a humana e seu companheiro fauno.

Todos barbudos e carrancudos, usando armaduras cor de bronze e tranças em seus cabelos e pelos faciais.

A grande maioria tinha em punho grandes machados afiados, outros arcos e flechas, apontados para a dupla.

: por que precisam falar com o Ancião? (O anão de barba ruiva e olhos cor de esmeraldas se pronuncia)

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