O Príncipe Dragão

Capítulo 43

Narradora on****

Dois dias haviam se passado, o grupo agora descansava em seu acampamento improvisado.

Dorian estava cuidando do ovo, ao seu lado, Dandelion, que observava com fascínio a cria do Imperador Dragão.

Twinky estava em frente a fogueira, assando alguns peixes no fogo enquanto também preparava algumas fatias de pão com geleia.

Noghul estava sentado no topo de uma árvore, observando a floresta, atento a qualquer movimentação suspeita.

Helena revisava o mapa com Arthur e Phyros.

Helena: então estamos a apenas um dia de distância das Montanhas Gélidas. Os Anões do Norte são hostis? (Helena pergunta, encarando Arthur)

Arthur suspira.

Arthur: hostis eles não são, mas devemos esperar resistência dos mesmos na hora de nos aproximarmos. Afinal, só conseguiremos chegar no topo voando. (Arthur fala)

Phyros: e eles odeiam dragões. (O maior explica)

Noghul: sejamos sinceros, eles estão errados? (Noghul fala, descendo da árvore e se aproximando do trio)

Arthur: o que está insinuando? (Arthur fala, se levantando)

Noghul: a maioria do seu povo se acha superior as outras raças, vocês tiram de nós, nos caçam, nos escravizam. Esperam que nós fiquemos felizes ao ver dragões? (Noghul fala, se aproximando ainda mais de Arthur)

O rapaz rosna, o mesmo então cruza seus braços rente ao peito e fala:

Arthur: se generalizar faz o seu feitio então posso fazer o mesmo com a sua raça, não é, "orelha de faca"? (Arthur fala, sorrindo de lado)

Noghul: do que está falando? (O elfo negro pergunta)

Arthur: se fazendo de desentendido hmm...mercenários carniceiros, tão selvagens quanto os orcs. Nenhuma das sete raças confia as costas à vocês, já que qualquer ouro compra os elfos negros. (Arthur fala, cuspindo veneno em cada palavra)

Noghul range os dentes.

Helena se levanta e se espreme entre os dois homens.

Helena: os dois, já chega! Somos um grupo, podem se odiar em silêncio, mas não vou tolerar que fiquem agindo como crianças no meio de algo tão importante! (Helena fala, irritada)

A jovem bruxa encara Noghul e o mesmo recua, sentindo sua pele se arrepiar.

A morena faz o mesmo com Arthur, que apenas fecha seus olhos e abaixa a cabeça.

Helena: está perdoado. Mas sem mais brigas, isso aqui é importante demais para mim. (Ela fala, acariciando o rosto do maior, que concorda com a cabeça)

Arthur: sinto muito, Helena. (Ele fala, tenso)

Helena suspira e sorri.

Helena: tudo bem. (Ela fala)

Dorian: como sabemos que eles estarão lá? (O fauno fala, chamando a atenção de todos)

Noghul: como? (O elfo negro pergunta, se virando na direção de Dorian, que cora quando seus olhares se encontram)

Dorian: d-digo...a gigante é nômade. Como sabemos que ela ainda está nas Montanhas Gélidas? (O fauno pergunta, gaguejando)

Phyros: essa é uma boa pergunta, como? (Ele fala, se aproximando de Helena que sorri para o mesmo)

A morena lhe acaricia o topo da cabeça, alisando os lisos fios vermelhos de Phyros.

Helena: não é a resposta que gostariam de ouvir, mas a verdade é que eu não sei. Não sei se ela ainda está lá, ou se já se foi a muito tempo. Mas sei que tenho uma missão muito importante em minhas mãos, e não custa nada darmos uma olhada por lá. (Ela fala, ainda acariciando Phyros)