Capítulo 62

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Narradora on****

Helena: encontrou algo, querido? (Ela pergunta, mudando de assunto)

Helena acaricia o rosto de Pendragon com delicadeza, como se o mesmo fosse uma joia rara.

O dragão cora, pela primeira vez ele estava sem palavras. Ele sabia que Helena o amava, mas algo naquele toque foi capaz de transmitir o quanto ela se preocupava com o mesmo.

O fato de Helena ter sido capaz de matar apenas por descobrir algo que o pudesse fazer mal, o deixava ainda mais caído aos pés da morena.

Pendragon: sim...na caverna à leste. Não acho que Dorian deva ir, pode causar algum tipo de gatilho em suas memórias. (O homem explica, enquanto volta a sua forma totalmente humana)

Dorian: não! Eu vou ir junto, se for algo que diz respeito ao meu povo ou a mim, eu quero estar lá! Helena, por favor! (O fauno pede)

Helena suspira.

Helena: que assim seja, mas caso não se sinta bem, ou pensamentos negativos tomem conta de sua mente, irá nos avisar imediatamente. (Ela impõe)

Dorian concorda com a cabeça e se apressa até a caverna. Algo nele sabia o que ele encontraria lá, se fosse como quando ele ainda era vítima nas mãos dos centauros, seus irmãos estariam sofrendo.

Helena corre atrás de Dorian.

Dandelion: achei que faunos fossem como Dorian. Aqueles eram maiores, e metade cavalo. (O vampiro fala com Pendragon)

O Rei olha para o vampiro com seus olhos âmbar e o vampiro estremece.

Pendragon: faunos são uma mutação, filhotes de ninfas e centauros algumas vezes herdam as características das fêmeas. Esses são mortos assim que nascem, alguns são abandonados ou "aceitados" pelos centauros. Mas seria melhor que eles apenas tivessem morrido, nenhum ser vivo merece passar pelo que faunos passam. (Ele explica, seguindo sua amada)

Dandelion parece pensar sobre a informação que lhe foi dada com cuidado.

O grupo adentra a caverna. Quando todos chegam no fundo, Dorian segura um grito.

Seus irmãos estavam jogados no chão, definhando de fome e dor.

A grande maioria estava muito magra, as pernas tremiam constantemente, grandes correntes prendiam seus pulsos e pescoços.

O ambiente estava imundo, eles deitavam nas próprias fezes, todos possuíam um olhar vazio.

Dorian estremece, ele sente como se fosse vomitar. O fauno percebe o olhar preocupado da morena e então contém a vontade.

Um dos faunos jogados no chão consegue forças para virar sua cabeça na direção dos sons.

: p-por favor...não temos mais energias...nos deixem descansar alguns minutos...(O fauno fala, sua voz estava fraca e rouca)

Aquela criatura não parecia ter notado os visitantes, para ele, o som vinha de seus abusadores.

Helena estremece.

Helena: Dandelion, Pendragon, soltem todos eles. (Ela pede, os dois a obedecem)

Os três se separam e vão na direção dos muitos faunos.

Helena se ajoelha em frente ao que suplicou por descanso e acaricia seu rosto sujo de suor e fezes.

Helena: sinto muito que tenha passado por isso. Acabou agora, descanse. (Ela fala)

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