Capítulo 48

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Narradora on****

Helena parecia se aproximar cada vez mais do calor que emanava dentro da titã.

Ela ouvia pulsações fracas ecoando pelas pedras ao seu redor. Helena sentia o calor dentro das rochas, a lava ainda fluía naquele grande corpo de pedra.

As escadas terminam, levando Helena até uma grande caverna cercada por belos cristais, azuis, verdes, vermelhos, roxos.

Todas as cores se uniam, refletindo a luz da lava que caía como cascatas por alguns buracos nas paredes.

E no meio do grande círculo de cristais, um enorme cristal pulsante.

O cristal vermelho era do tamanho de uma árvore mediana, e a luz sutil que emanava lá de dentro iluminava o ambiente ao seu redor.

Helena se aproxima do grande cristal e então a voz surge novamente.

:Este é meu coração. Vê as raízes que se prendem ao redor dele? São como veias parasitas, elas estão me matando aos poucos.

Helena: por quê? O que houve com os anões? (Helena pergunta)

:Os anões viviam em harmonia comigo, eu os levava aonde o dinheiro os chamassem e eles me protegiam.

Helena: mas...então você é Belthane! A última titã! (Helena fala, de repente empolgada)

: a muito eu não ouço meu nome ser dito por outro ser vivo. Mas sim, eu sou Belthane.

Helena se senta no chão e ouve atentamente a história que a grande titã contava.

A morena então se lembra do diário e o pega, a jovem bruxa começa a escrever o que ouvia.

Belthane: alguns anos atrás, um homem estranho veio até nós e fez um acordo com os anões. Uma semente de Givine em troca de um pequeno cristal meu.

Helena: a árvore protetora. (Helena sussurra)

Belthane: mas eu soube, no momento em que a semente foi plantada em mim, que aquilo não era uma Givine. Eu sentia a corrupção se espalhar em mim, sentia suas raízes abrirem caminho em meu corpo até o meu coração.

Helena cobre sua boca, a surpresa estava desenhada em seu rosto.

Belthane: o que quer que aquela semente fosse, estava e ainda está, se alimentando de minha vida. Logo, ela cresceu, e suas raízes prenderam meus amigos. Suas flores venenosas os aprisionaram em um mundo de pesadelos. Ela se alimentava do medo deles, um por um, eu sentia meus queridos anões morrerem.

Helena fica entristecida, os cristais a sua volta pareciam perder o brilho.

Belthane: e agora, todos estão mortos, e eu, estou sozinha. Jovem bruxa, quer saber o porquê dos anões me protegerem?

Helena: s-sim...(a bruxa diz)

Belthane: a muito tempo, o Imperador Dragão confiou algo valioso à nós. E com magia poderosa, aquilo foi selado em meu coração. Eu venho o protegendo das raízes desde quando elas finalmente alcançaram o meu núcleo, mas estou fraca demais para continuar.

Helena então arregala seus olhos e se levanta.

Os olhos prateados da morena brilham em completo deslumbre.

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