Capítulo 57

488 64 5
                                    

Narradora on****

Com o nascer do Sol por trás das grandes montanhas, um novo dia surge.

Helena é a primeira a despertar, a jovem bruxa lentamente se desemaranha dos braços fortes dos homens a sua volta.

Ela procura por seu vestido e por seu manto, a morena se arrepia quando sente alguém lhe abraçar por trás.

Helena olha por cima do ombro e reconhece rapidamente a cabeleira loira.

Helena: Dandelion...(Ela diz, enquanto deixa escapar um sorriso)

O vampiro esfrega seu rosto no pescoço da bruxa, que sorri com a carícia.

Dandelion geme baixinho.

Dandelion: você e Arthur demoram para acordar, deveriam sentir mais pena de mim. Afinal, eu abri meu coração para vocês dois na última noite. (Ele diz, lentamente levantando seu rosto e encarando a morena nos olhos)

Helena revira os seus olhos e beija de leve os lábios do vampiro. Dandelion cora rapidamente com o gesto íntimo de carinho.

Helena: eu preciso ir me encontrar com o Ancião e os outros líderes do povoado anão agora. Fique aqui e cuide deles, quando Arthur acordar, informe onde eu estou e vão me encontrar. Temos muito o que fazer pela frente. (Ela diz, se vestindo e prendendo seus cabelos em uma trança rápida)

Dandelion puxa a jovem pelo pulso.

Helena encara o loiro com visível confusão.

Helena: algum problema? (Ela pergunta, confusa)

Dandelion: está tudo bem? Com o seu corpo, eu digo. Ontem foi...você teve que lidar com muita coisa. Tem certeza de que não quer descansar um pouco? (Dandelion pergunta, preocupado com sua amada)

Helena sorri e acaricia o rosto pálido do vampiro.

Helena: não se preocupe comigo, eu estou ótima. Mas cheque Baal e Phyros quando estiverem despertos. Me avise se a situação deles continuar a mesma. (Ela fala, se retirando do lugar)

Dandelion observa a partida da jovem humana com certo choque.

Ela lidou a noite inteira com três jovens dragões e um ser imortal. Como ela não estava ao menos com as pernas trêmulas?

O vampiro rapidamente se vira quando ouve movimentação atrás de si.

O loiro caminha com cuidado até os irmãos que dormiam calmamente. Ele se ajoelha ao lado de Arthur enquanto abotoa sua camisa.

Dandelion: você é um bastardo sortudo. Depois de hoje ela vai agir como se nada disso tivesse acontecido entre todos nós. Mas você vai poder desfrutar dela sempre que desejar...as vezes eu só quero matar você e roubar ela para mim...(ele fala, encarando o pescoço a mostra do maior)

Pendragon: tente. (A voz grossa do mais velho dos irmãos pode ser ouvida)

Dandelion treme, amedrontado.

Pendragon apoia seus cotovelos no chão e se levanta com lentidão, seus músculos podem ser vistos sendo tensionados. Suas veias saltam pelos antebraços.

Os cabelos negros de Pendragom caem sobre sua face sonolenta, seus olhos âmbar estavam finos e brilhavam com hostilidade.

Pendragon: Não consigo suportar este lado humano e gentil que possuo. Eu só quero arrancá-lo de dentro de mim. Ela é minha, vampiro. Eu quebro você ao meio antes que sequer pense em deitar com ela novamente. (A voz intensa e grossa de Pendragon podia facilmente diferenciar as duas facetas que habitavam o mesmo corpo)

O Príncipe Dragão Onde histórias criam vida. Descubra agora