Capítulo 12

1.3K 152 10
                                    

Narradora on****

Helena aos poucos se acostumava com o castelo e os segredos que suas grandes muralhas escondiam.

A jovem ouvia constantemente sussurros e vozes a chamando.

E pelos corredores ela sempre ouvia uma voz feminina e sedutora ecoar enquanto cantava em algum idioma que ela desconhecia.

Algo antigo.

A morena abre seus olhos e senta na cama, sua pele estava suada e ela arfava.

Helena saí da cama e vai até sua porta, ela a abre com cuidado e vê que ninguém guardava a entrada.

A jovem então saí de seu quarto e desce as escadas enquanto as tochas iluminavam o caminho que ela devia trilhar.

Helena chega até o primeiro andar do castelo e em silêncio ela consegue sair do mesmo pelos fundos.

A morena olha para a floresta, algo chamava por ela.

Os olhos cor de lua de Helena brilham quando um caminho se forma diante dela.

Vaga-lumes começam a brilhar intensamente, ela ouve nas profundezas da floresta um conjunto de mulheres cantar.

Os pequenos insetos luminosos mostravam para Helena um caminho por entre as árvores e a morena sem hesitar o segue.

As árvores pareciam abrir caminho para Helena, a brisa noturna acariciava a pele morena da garota que sorri, seus lisos cabelos negros dançam com o vento.

Seus pés descalços pareciam sentir algum tipo de pulsação na terra, como se ela estivesse viva.

As vozes estavam mais perto, logo ela começa a ouvir sinos e algo parecido com uma harpa.

Os olhos de Helena piscam quando ela vê uma forte luz por entre as árvores.

Uma grande fogueira.

O que uma fogueira faz por aqui?

A jovem se pergunta, caminhando em direção às chamas acolhedoras.

Logo seus olhos prateados brilham, completamente encantados com o que vêem.

Cinco mulheres cercavam a fogueira, três dançavam em volta da mesma, com seus corpos nus envoltos apenas por uma capa quase transparente.

E duas sentadas no chão, uma tocando uma bela harpa enquanto a outra tocava sutilmente o sino quando sua vez chegava.

Todas cantavam em perfeita harmonia.

A lua nunca brilhou tanto em toda a sua vida.

Helena se lembra de sua mãe, que costumava dançar igual no meio da floresta.

Uma das moças que dançava parece sentir a presença de Helena e se vira para a mesma.

A mulher sorri, repleta de gentileza, e puxa Helena para perto da fogueira.

Os olhos da mulher eram completamente brancos. Suas orelhas pontudas eram quase fantasiosas.

A morena sorri de volta e devagar começa a acompanhar as mulheres na dança.

Ela então sente algo crescer em seu peito, um calor reconfortante tomava conta de seu corpo.

Helena de repente começa a se sentir conectada com as mulheres e com a floresta à sua volta.

Algo estava acontecendo.

A mais nova fecha seus olhos e seu corpo começa a se mover sozinho, seus braços se moviam com calma enquanto seu corpo rodopiava próximo ao fogo.

O Príncipe Dragão Onde histórias criam vida. Descubra agora