Capítulo 3

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Narradora on****

Havia feito um mês que pai e filha estavam vagando sem rumo pelo reino, a bolsa de moedas já estava quase vazia.

Helena agora era apenas uma sombra do que já foi.

Ela estava mais sombria e quieta, agarrada ao seu pai como um parasita. Temendo o fato de poder perder a sua última pessoa amada.

Richard não estava melhor que Helena, a tristeza e a depressão o devoravam de dentro para fora cada vez mais.

Seus olhos prateados agora estavam opacos e sem brilho.

Richard caí desmaiado no meio da estrada, fazendo Helena gritar desesperada enquanto corria na direção de seu pai.

Helena: papai! Por favor não! Não me deixe! (A garotinha grita com lágrimas em seus olhos)

Logo ela ouve cascos de cavalo não muito longe dali.

Ela então avista uma carruagem com dois belos cavalos brancos a conduzindo.

Helena abraça protetoramente seu pai e fecha seus olhos já esperando algo acontecer.

: ora ora, o que está fazendo pequena? (Uma voz feminina é ouvida)

Helena olha para cima e avista uma duquesa bem vestida. Seu vestido era longo e cheio de babados, seus cabelos longos e loiros eram cacheados e seus olhos azuis se destacavam na pele branca e corada.

: Alfred! Pegue este homem e o ponha dentro da carruagem! Agora! (Ela diz) venha garotinha, vamos para dentro nos aquecer um pouco, sim? (Ela fala segurando a pequena em seus braços)

A mulher adentra a carruagem e a porta é fechada.

Helena se senta ao lado de seu pai que agora dormia profundamente.

: o que vocês dois estavam fazendo sozinhos na estrada? É perigoso vagar sozinho por essas bandas, onde está sua mãe? (A moça pergunta preocupada)

Helena arregala os olhos antes dos mesmos marejagem e ela começar a chorar.

: ora! Não chore pequena, tudo bem, venha aqui...isso isso...(A mulher diz alisando Helena que estava em seu colo)

Ves: me chamo Ves, duquesa de Cambridge, uma vila ao leste do reino. Qual o seu nome? (Ela pergunta sorrindo)

Helena: m-me chamo Helena...Helena Merigold...(A pequena se pronuncia pela primeira vez)

Ves sorri e pergunta sobre o homem.

Helena: aquele é o papai...(Ela diz observando o homem e sua expressão abatida enquanto dormia)

Ves observa a beleza incomum do rapaz que mesmo aos trapos ainda era notável.

Helena: queimaram a mamãe...ele está tentando ser forte mas...as vezes eu o ouço chorar no meio da noite...(Ela revela fazendo o coração de Ves apertar)

Ves suspira.

Ves: tente descansar agora, deve estar exausta. (Ves diz ajeitando a pequena no banco da carruagem e deitando a cabeça da mesma em suas pernas)

Ves fecha as cortinas da carruagem e apaga o fogo das lamparinas, deixando o lugar escuro o suficiente para não incomodar o homem e sua filha.

Horas se passam quando a carruagem finalmente para.

Alfred abre a porta da carruagem e retira Richard da mesma, o carregando para dentro da mansão.

Ves carrega a pequena Helena em seu colo até seu quarto, onde deita a jovem em sua cama.

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