Capítulo 29

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Narradora on****

Os olhos de Helena se arregalam quando a mesma vê, ao lado de uma grande cratera, uma enorme cidade submersa nas águas salgadas.

Criaturas marinhas que possuíam luz própria como vagalumes iluminavam a imensidão azul, cercando a cidade em grandes cardumes.

Alguns ficavam presos em grandes postes que iluminavam os caminhos.

Três muros circulares e altos cercavam a cidade, belas casas feitas de cascalho branco e conchas preenchiam a área, e no centro, um grande palácio com três torres enormes.

Uma das torres estava quebrada.

A morena leva seus olhos ao redor, um grande paredão de recifes escondia o reino das sereias.

A cidade submersa estava lotada, várias criaturas marinhas passeavam livremente pelas "ruas" do lugar.

Belas mulheres com caudas de peixe nadavam de um lado para o outro, despreocupadas e sorridentes.

Elas pareciam estar se comunicando entre si, mas Helena não conseguia entender.

Era como um canto embaixo d'água, parecido com os sons de baleias. Uma bela melodia submersa, que ecoava pela imensidão.

Samir segura a cintura da humana com mais firmeza e nada em direção à cidade.

Helena se sente estranha quando percebe que conseguia respirar normalmente.

Ela então vê seu manto brilhar num tom calmo e sutil de azul, cobrindo todo o seu corpo com o mesmo brilho.

Ele parecia proteger seu corpo da grande pressão no fundo do mar.

E então a morena se lembra que seu manto também a protegeu da lava na cidade dos anões.

Ela sorri, percebendo que ele literalmente era a única coisa que a permitia ir de um reino à outro sem muitos problemas.

A jovem bruxa arregala ainda mais os seus olhos quando adentra a cidade, ela não via nenhum homem no lugar. A cidade só possuía sereias fêmeas.

As mulheres nadavam de um lugar para o outro, umas comprando pescados ou legumes aquáticos, outras só passeando.

Algumas apareciam nas janelas e varandas, suspirando ou encarando a movimentação.

Todas as sereias abriam caminho para a guarda de Meridian, encarando as mulheres de lança com um olhar admirado.

Ao mesmo tempo elas observavam a humana com curiosidade nítida.

Helena sorri gentilmente para algumas pessoas e acena contente para as mesmas.

Algumas sereias coram com a beleza da humana, outras encaram a bruxa com desdém.

Samir guia Helena até os portões do belo palácio, seu cume era iluminado pela luz da superfície, a humana consegue ver rapidamente, uma curiosa cabeça aparecer em uma das janelas da torre, e depois sumir.

A guarda de Meridian leva Helena até a sala do trono, onde a mais bela das sereias se sentava.

Seus longos cabelos loiros flutuavam soltos com a correnteza do mar, seus olhos eram azuis como a mais preciosa das safiras, sua pele era branca como a neve e rosada como um pêssego.

Possuía seios fartos, que estavam a mostra, sem nada os cobrindo.

Sua longa cauda possuía a cor branca, suas escamas brilhavam em um tom de prateado hipnotizante.

Ela segurava em sua mão direita um longo e pontiagudo tridente dourado, em sua cabeça, uma bela coroa de ouro.

Helena se curva perante a bela sereia e espera algum sinal da mesma ou das guerreiras para que ela voltasse ao normal.

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