CHAPTER II

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Chicago, Illinois
Estados Unidos.

Em em um sobressalto me levantei da cama assim que ouvi sons de vidros sendo quebrados na sala. O relógio marca exatos quatro e quarenta e sete da manhã.

Passei minha mão pelo rosto antes de pegar meu roupão em cima da cômoda. Visto-o enquanto ando em direção a sala, mas acabo parando no corredor ao ouvir James completamente transtornado gritando com Josh, um dos seus seguranças.

— Como? Quem fez isso? — James gritou. Me encostei na parede gelada tentando ouvir a conversa sem que James me visse.

Rick foi assassinado ontem a noite e ao lado de seu corpo deixaram uma carta. — Escuto Josh responder visivelmente alterado.

Levei minhas mãos trêmulas até a boca sentindo meu coração bater cada vez mais rápido. Rick? Assasinado? Por quem? Quando? Como?

— O que tem na carta? — A voz de James se tornou mais grave. — Anda! O que tem na porra dessa carta, Josh?

— Eles disseram que estão chegando. — A voz de Josh se tornou mais baixa.

— Eles quem, Josh? — A cada momento a voz de James se torna cada vez mais alta. — Eu quero nomes!

— Eu não sei, James. Mas tem alguém muito furioso querendo vingança. 

— Escute bem o que eu vou te falar, Josh. Não tem ninguém, absolutamente nessa cidade que não me respeite. Eu tenho aliança com diversas outras organizações muito antes de Al Capone morrer. E no dia que eu descobrir quem matou Rick, pode ter certeza que essa pessoa vai sofrer tanto que vai desejar nunca ter nascido.

— Eles não vão parar, eles querem atingir você.

— Fique de olho em Deena. Não deixe que nada aconteça com ela. — James diz por fim.

Respirei fundo algumas vezes antes de refazer meu caminho de volta para o quarto, em silêncio.

Rick era o braço direito de James e estava sumido há dois dias. Devo confessar que estou morrendo de medo. Nesses dez anos ninguém nunca fez ou tentou algo parecido por aqui. Sinto que uma guerra está prestes a começar e eu nem sei com quem.

Me sentei na cama, colocando minhas mãos no meu rosto. Preciso pensar e colocar minha mente no lugar.

— Deena! — James abriu a porta rapidamente, me assustando. — Precisamos conversar. Agora.

— Sobre? — Retirei minhas mãos do rosto, franzindo minhas sobrancelhas.

— Eu estive pensando e... — Se aproximou em passos lentos. O olhei de cima a baixo. — Nós vamos ter um filho. .

— O que? — Sem perceber, acabei soltando um grito assustado. Tenho certeza que a minha cara está horrorizada nesse momento.

— Deena... —  Se ajoelhou em meus pés, segurando minhas mãos. — Chegou a hora em que eu preciso de um herdeiro pra comandar a organização, você consegue me entender?

Seus olhos estão brilhantes e me encaram em busca de um conforto ou talvez uma compreensão. Essa talvez seja a ideia mais absurda que já ouvi nesses últimos anos.

Chicago 1945 Onde histórias criam vida. Descubra agora