CHAPTER XVI

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Chicago, Illinois.
Estados Unidos.

Deena Jones P.O.V

Uma semana depois...

Analiso alguns produtos da prateleira de metal enferrujado enquanto caminho calmamente pelos corredores do mercado. Ajeito a cesta em meu braço e pego duas caixas de cereais.

Continuo meu pelo mercado e entro em outro corredor, onde vejo Janet de costas observando algo em uma das prateleiras. Suspiro tentando pensando em formas de evitá-la, porém eu preciso da manteiga que está justamente na prateleira ao lado dela.

Decido ignora-lá e ando em passos rápidos até a prateleira, pegando a manteiga rapidamente antes que Janet note a minha presença, porém sem sucesso.

— Deena... — Ela se vira para mim com um sorriso tímido nos lábios.

— Janet... — Respondo calmamente. — Tenha um bom dia. — Saio rapidamente dali.

Apresso meus passos até o caixa e sorrio para Mary que conversa com um das caixas. Desde que Dom foi assassinado friamente, Mary passou a cuidar do mercado junto com sua filha mais nova. Desde então um olhar triste passou a morar em seus olhos verdes.

— Bom dia, Mary. — Entrego o dinheiro para a caixa.

— Bom dia, Deena. — Ela sorri desviando o olhar para a caixa.

A moça da caixa me entrega o troco enquanto eu termino de empacotar minhas compras na sacola de papelão. Dou um último sorriso para Mary e saio do mercado.

Desço os últimos degraus do mercado sentindo uma brisa gelada entrar em contato com a minha pele. O clima está um pouco frio hoje por conta do outono, algumas plantas caem no chão me fazendo sorrir.

Atravesso a rua indo em direção ao meu carro estacionado ali próximo. Minha mente viaja até o dia que atiradores atiraram contra o mercado e Michael me salvou. Antes tudo parecia tão confuso e hoje se torna mais confuso ainda. É impossível Michael estar envolvido nesses ataques como James acredita.

Me aproximo do meu carro e entro, colocando minha sacola de compras no banco do passageiro. Deslizo minhas mãos pelo volante e dou partida até o Chicago 1945.

Em menos de cinco minutos de viagem, estaciono meu carro e desço, caminhando em passos calmos até o bar. Entro no estabelecimento observando alguns funcionários limpando o ambiente e algumas jogando na mesa de pôquer onde Michael costumava a ficar.

Balanço minha cabeça tentando afastar Michael dos meus pensamentos e vou até o bar, onde Matt passa um pano sob o balcão.

— Bom dia. — Sorrio me aproximando.

— Olá. — Ele sorri me encarando. — O que faz aqui?

— Decidi sair um pouco de casa. Estou cansada de ver James, Josh e Josephine o tempo inteiro. — Dou de ombros me sentando no banco de couro.

— Acho que precisamos de mais um dia longe de todos como aquele na semana passada. — Ele sorri indo até a prateleira de bebidas atrás dele.

— Com toda certeza. — Apoio meu cotovelo no balcão. — Sinto que estou prestes a surtar, sabe?

— Quer beber algo? — Ele pergunta de costas para mim.

Chicago 1945 Onde histórias criam vida. Descubra agora