CHAPTER XXIV

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Savoca, Sicília.
Itália.

Michael Jackson P.O.V

Cinco dias depois...

Sinto o calor do sol entrar em contato com a minha pele assim que abro a janela da madeira. Algumas pessoas andam pelas ruas empedradas enquanto carregam algumas cestas. O cheiro das árvores e da maresia acabam dando um perfume único para a ilha.

Cheguei à Sicília durante a madrugada e eu não poderia estar mais encantado com a beleza do lugar. Me afasto da janela e vou até a cama, pegando uma camiseta branca.

Visto a camiseta e me encaro no espelho enquanto prendo meu cabelo em um coque. Coloco meu chapéu, pego meus óculos e saio do quarto, encontrando Jackie parado no corredor me esperando.

— Que demora! — Ele resmunga.

— Estava me arrumando. — Dou de ombros.

— Certo. — Ele franze a sobrancelha me olhando de cima a baixo. — O que nós vamos fazer daqui pra frente?

— Passear pela cidade. — Coloco meus óculos e ele bufa.

A porta do quarto ao lado se abre e Janet sai, usando um vestido florido longo, cabelos soltos e óculos escuros. Ela nos olha sorrindo e leva suas duas mãos até a cintura.

— O que você tá fazendo? — Pergunto segurando uma risada.

— Irei aproveitar as minhas férias. — Ela sorri passando por nós.

— Janet...

Janet para no meio do corredor e vira para nós com um sorriso inocente nos lábios. Ela leva suas mãos até o vestido e o levanta, deixando suas pernas nuas e grossas à mostra. Uma risada escapa dos meus lábios ao ver um coldre com uma pistola agarrado à sua coxa direita.

— Podemos curtir as férias agora ou não? — Ela arqueia sua sobrancelha apontando para o andar de baixo.

Jackie e eu nos entreolhamos rapidamente e logo seguimos Janet pelo corredor até o andar de baixo.

Decidi alugar uma casa pequena e escondida em uma das vilas de Savoca para que eu não corresse o risco de ser encontrado e descoberto pela máfia siciliana. Absolutamente todo o comércio na Sicília pertence à máfia italiana, inclusive o turismo. Caso eu me hospedasse em um hotel, eu teria todos os meus dados expostos à máfia que com certeza arrumaria um jeito de acabar comigo.

— Bom dia, meninos. — Janet diz assim que terminamos de descer as escadas.

A sala principal está uma bagunça. Diversos homens ajeitam e organizam suas armas em cima da mesa enquanto outros leem algo no jornal enquanto fumam seus cigarros.

A sala é pequena, com paredes brancas e descascadas, assim como o sofá de couro velho. As janelas são de madeiras, porém estão fechadas para que ninguém veja o movimento aqui dentro. Há uma pequena porta que dá acesso à cozinha, onde alguns homens tomam o seu café tranquilamente.

— Bom dia, Sra. Jackson. — Um dos homens a encara de cima a baixo.

— Não façam nenhuma besteira e mantenham o tom de voz baixo. — Digo seriamente. — Nada de bagunça.

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