FLOR DE CEREJEIRA

7.2K 803 430
                                    

A loira encarou os olhos profundos e azuis que seguiam todos os seus movimentos enquanto ela se aproximava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A loira encarou os olhos profundos e azuis que seguiam todos os seus movimentos enquanto ela se aproximava.

— Eu te amo. — Segundos se passaram sem resposta da outra parte, então a garota suspirou fundo. — Eu te amo, mas não vou te dar meu biscoito. Espero que entenda.

O grande gato branco miou manhosamente e Briana levantou-se de perto da poltrona, onde estava ajoelhada pra ficar de frente para o bichano deitado ali. Ela até sentiu pena do animal, mas ele tinha uma saúde frágil por conta de complicações que teve quando era apenas um filhote e doces estavam terminantemente proibidos pelo veterinário.

Seu pai havia permitido que ela faltasse à escola, uma vez que não conseguiu dormir nada a noite e seu rosto pálido parecia abatido o suficiente para fingir um mal estar. Já havia lido em algum de seus livros que sempre devemos ter cuidado com o que desejamos, mas só agora entendeu realmente aquela frase como um ótimo conselho. Sempre tinha desejado ir a escola, fazer parte do mundo como todas as outras crianças, e agora que tinha isso só queria voltar para os dias em que seu pai a ensinava por algumas horas pela manhã e depois passavam o dia todo se divertindo juntos.

— Já é a segunda vez que vejo essa expressão.

A voz veio do nada fazendo Ana pular no sofá e derrubar alguns de seus biscoitos do prato. Mais uma vez Steven estava parado à sua frente com um daqueles sorrisos fofos.

— Por que você sempre tem que brotar do nada? Uma hora ainda vai me matar. — Levando um das mãos em cima do coração acelerado a loira fechou os olhos tentando se acalmar.

— Sinto muito.

— Tudo bem. — Confortou enquanto colocava de volta no prato os biscoitos que haviam caído. — Meu pai não está.

— Não vim por ele.

Voltando sua atenção para o vampiro, Briana arqueou a sobrancelha loira.

— Veio por mim?

— Achei que gostaria de conhecer minha biblioteca.

— Mas como sabia que eu estaria em casa?

Um sorriso misterioso pintou os lábios bonitos de Steven. Ele tinha um brilho esperto no olhar e isso deixou Briana intrigada, mas ele também não parecia ter a intenção de dar uma resposta.

— Você não quer?

Sem pensar mais uma vez a garota saltou agarrando o homem pelo braço e assentiu afobadamente com olhos brilhantes.

— Quero, quero!

O olhar negro seguiu em direção onde as mãos delicadas o seguravam. Briana entendeu que ele havia ficado desconfortável com o toque repentino e se afastou, entretanto, na verdade o vampiro sentia-se aquecido com aquele simples toque. Steven sentiu a saudade apertada em seu peito se afrouxar um pouco.

White - D. Salvatore 1 (✔)Onde histórias criam vida. Descubra agora