Between lies and discoveries

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Os primeiros raios de sol que entravam pela janela do quarto de hotel bateram sobre os corpos de Lena e da linda moça que a acompanhava, depois da noite passada a mulher deveria estar exausta. Lena sorriu ao pensar nisso, como se estivesse orgulhosa de si mesma. Mas ainda teria que dispensar a moça antes que ela achasse que teriam algo além de sexo naquela manhã. Levantou, sem fazer alarde, colocando o lençol de seda branco sobre seu corpo e andando em direção a porta do quarto. Pegou o carrinho deixado na entrada por alguma camareira, como era de costume quando se hospedava no mesmo, geralmente trazendo alguma mulher aleatória.

Após pegar uma xicara de café, caminhou até a sacada, agora já sem o lençol e com o corpo totalmente despido. Não sabia exatamente o que estava pensando, várias imagens aleatórias vinham em sua cabeça, mas a sensação que tinha era de liberdade momentânea. Infelizmente foi tirada de seus devaneios quando a mulher lhe acariciou as costas e começou a depositar beijos suaves.

- Bom dia meu date favorito. – Lena revirou os olhos ainda sem se voltar para ela. Mas percebendo que Luthor respirou fundo e moveu a cabeça a moça se desvencilhou. – Ok, irdesculpa, é só sexo, eu sei. – Se afastou olhando para o chão incrédula por ter tentado falar algo. – É que eu pensei que... Sei lá, esse é o decimo encontro que temos e... – Foi interrompida por Lena que mesmo a olhando com curiosidade ainda mantinha a firmeza no olhar.

- Olha, realmente foi um erro ter excedido o número limite de trepadas com você. Mas além de foder muito bem o seu gemido é uma delícia quando eu estou te fodendo. – Quanto mais estupida fosse melhor seria a interpretação do recado. – Mas vamos admitir, eu não nasci para seja lá o que for que você imaginou e isso aqui não é um encontro, não passa de uma foda como outra qualquer, ok?! Então se vista, tome seu café, e seu dinheiro vai estar na mesinha ao lado da cama. Se você acha mesmo que alguém que já transou com você umas dez vezes, mas nunca se deu o trabalho de perguntar nem o seu primeiro nome ia querer algo com você, eu acho que você precisa de terapia para lidar com casualidades de maneira mais sensata. – A mulher olhava pra Luthor incrédula, quase que com lagrimas nos olhos. – Agora, pode voltar para sua vida com a certeza de que essa foi a última vez. Vou para o outro quarto, tenho mais o que fazer. – Disse enquanto vestia suas roupas.

Lena se dirigiu a porta que dividia os quartos e sentiu o toque do celular em seu bolso. Sorriu ao ver o nome de Gloria na tela do aparelho, bateu a porta após passar por ela.

- Olha que honra, uma ligação da agente federal mais linda de National City a essa hora. Não deveria estar em “missão”? – Ironizou a palavra missão com uma voz debochada.

-Oi irmãzinha, também te amo. – Fez Lena revirar os olhos com a fala. – Já dispensou o jantar de ontem? Temos trabalho a fazer, o próximo alvo é uma encomenda do DOE.

- Não brinca?! – Respondeu incrédula. – O DOE realmente existe e você teve a capacidade de me chamar de louca esse tempo todo?

- Eu não ia te entregar as informações de uma agência secreta que nem sequer está nos registros governamentais né Luthor, seu sobrenome é muito assustador para isso. – Ouviu Lena bufar do outro lado da linha.

- Sabe que se você estivesse aqui voaria pela janela de novo, né?! – Ouviu Gloria dando uma risadinha sarcástica do outro lado da linha.

- Vai ser presa por ameaçar uma agente federal ein, Luthor. – Pode visualizar o sorriso de Lena. – Vamos direto ao ponto. Tem um agente do DOE, Mike Mattheus, ele é típico mauricinho babaca. Mas não se engane com a aparência ele não é humano, seu nome real é Mon-el. Ele aparentemente é o último Daxamita, caso você não tenha conhecimento Daxam é um planeta irmão do planeta daquele outro mauricinho que a sua família detesta. – Previu Lena revirar os olhos. – Sei que não concorda com os métodos do seu irmão, mas também sei que acha aquele kryptoniano arrogante e eu concordo em gênero, número e grau.