Between lies and discoveries

Será que existe mesmo uma chance?

POV LENA

Estava no laboratório da L-Corp aguardando os relatórios que Samantha havia feito sobre as finanças dos últimos anos da empresa e todas as possíveis movimentações suspeitas. Aproveitei para beber um whisky e pensar nos últimos acontecimentos. Estava claro que eu precisava conversar com Kara, mas porque eu me arriscaria a esse ponto? E se tudo não passar de uma confusão e a loirinha só estiver grata pelo tiro na testa do daxamitas? Fui retirada de meus devaneios por uma Sam me olhando estranho.

- O que foi? – Perguntei confusa.

- Lena, pela Deusa, você já está bebendo? Isso são horas de uma CEO estar se embriagando?

-Nada que afete meu rendimento, Arias. – Apontei pra garrafa. – Aquilo ali pra mim é água, não precisa se preocupar. Agora me diga o que descobriu. – Pensou um pouco e concordou com a cabeça.

- De acordo com as informações existe um desvio de dinheiro a anos. Não só das mãos do Lex, mas também da Lilian. – Franziu o cenho. – Acho que você é a única que nunca pegou dinheiro da L-Corp. Até o Lionel tinha grandes retiradas em paraísos fiscais pra onde ia o dinheiro desviado.

- Nada de novo sob o sol. Continue! – Deu mais um gole.

- Bom, vamos ao, porém. Não há exatamente um rombo nem um superfaturamento. Parece ser um dinheiro fantasma que aparecia nas contas da empresa e era mandado para as contas.

- Você acha que o Lex lavava dinheiro na empresa? – Arqueei a sobrancelha.

- Ao que parece. – Apertou os lábios e continuou. – Quaisquer valores que fossem enviados pra essas contas acabavam sempre voltando em dobro pros cofres. Estamos falando de milhões, Lena. E sem saber a origem dessa quantia, se a receita bate aqui, a gente pode virar alvo de investigação e vai ser um escândalo. Porque nem eu nem você vamos saber explicar de onde veio isso, e mesmo que seja de um tempo que o Lex ainda estava aqui, esse dinheiro continua se multiplicando. – Ela realmente estava preocupada.

- Ok, você está me dizendo que tem uma quantia exorbitante entrando nas contas da minha empresa e da minha família e que você não faz ideia de onde vem esse dinheiro, além de ser possível que eu vá presa por causa disso? – Ela assentiu. – Eu mato o crápula do Lex! – Bati o copo vazio na mesa. - Se esse dinheiro for constantemente desviado para uma instituição de forma anônima? É possível desvincular?

- Não faço ideia! São movimentações fantasmas e existe alguém por trás.

- Com essa parte eu e me viro. Você acha possível alguém hackear o acesso que eu te dei? – A olhei e enchi o copo.

- Lena, você é a gênia aqui, vai ali no espelho e pergunta isso ao seu reflexo. – Sorri com a expressão incrédula de Sam.

- Bom, vou chamar Brainy pra te ajudar nisso. Usaremos o dinheiro que já foi trago para doar a instituições espalhadas pela cidade. Mas quero que boa parte seja destinada ao hospital infantil. Quanto a origem do dinheiro e a circulação constante, vou pedir ao Brainy que descubra e bloqueie qualquer movimentação. – Sam anotou tudo atenta e de repente me olhou confusa.

- Mas quem é Brainy? – Apertou os olhos.

- Um amigo com quem trabalho. – Desviei o assunto. – Muita coisa pra te atualizar, cabeça de vento. Mas em relação ao meu outro trabalho só a Miller pode dizer.

- Ok, mas você pode pelo menos me dizer pra quem foram aquelas flores e aquele cartão super fofo a dias atrás? E se essa é a mesma pessoa que está pondo sorrisos no seu rosto enquanto lê as mensagens que recebe. – Cruzou os braços e semicerrou os olhos em direção a mim.