POV LENA
Como diabos em dois dias a minha rotina mudou tanto? Eu tava bem confortável sendo o que a Gloria chama de burguesinha assassina ou vadia burguesa, e acreditem, nem era de um modo pejorativo. Ela dizia que os apelidos serviam pro trabalho e pra vida pessoal, visto que eu usava pessoas pra ter prazer e as descartava no dia seguinte. Nem é algo tão ruim assim, ela só fazia questão de dizer isso porque queria mesmo que sossegasse. Ela considerava que Arojas não tinha sido uma boa experiencia, mas eu não deveria me fechar por isso. Porém eu não me fechei, apenas dei razão as razões de Andrea. Sempre soube que seria obrigada a cuidar da L-Corp ou o Lex destruiria o nome da família (muito mais do que já havia feito). E isso com toda a certeza ocuparia demais meu tempo, por este motivo não deveria perdê-lo com relacionamentos. A verdade é que também nunca encontrei ninguém que me fizesse transbordar. Não me levem a mal, só não quero me relacionar com pessoas que me sufoquem. Vocês viram aquela mina né?! Eu tava tendo um momento e ela me atrapalhou. Me imaginem revirando os olhos agora pois é exatamente o que eu estou fazendo. E além de tudo... Quem se apaixonaria por um Luthor?
A irmã da Alex era realmente inteligente, conseguiu me impressionar explicando suas pesquisas sobre os marcianos e seu planeta. Era impressionante seu raciocínio rápido para as perguntas que eu fazia com pequenos intervalos de tempo. Queria mesmo testar a exatidão das respostas para ver se ela realmente sabia o que estava dizendo. E para minha surpresa... 10 a 0 pra Kara Danvers.
- Impressionante Danvers, nenhuma das minhas perguntas sem resposta. Você realmente é tão boa quanto dizem. – Ela franziu a testa e eu realmente não consegui entender e expressão, mas me limitei a um sorriso irônico. – Agora me diz, como uma pesquisadora brilhante ainda está trabalhando na Catco e não se dedica totalmente as funções no DOE. – Ela ajeitou os óculos antes de responder.
- Simples Srt. Luthor, a Catco me permitiria levar esse conhecimento as pessoas de maneira mais acessível e popular, usando uma linguagem que se comunique com a população e os faça entender o quão importante são essas pesquisas, a ponto dessa onda anti-alien não ser tão levada a sério no futuro.
Aquele pequeno discurso foi feito com a cabeça erguida ajeitando o blazer cinza por cima de uma camisa social rosa. Confesso que foi realmente adorável. Sorri quando ela terminou a fala.
- Realmente inspirador Danvers, mas você ainda é uma estagiária pelo que soube. Quando a Grant vai ver esse potencial todo e te tirar das funções de servir o cafezinho dela. – Pelo jeito que ela me olhou eu tenho a impressão de que eu a irritei.
- Bom Srt. Luthor, creio que... – A interrompi antes que terminasse.
- Me chame de Lena, por favor. Não é necessário que seja tão formal se não estivermos de fato trabalhando e com seus superiores por perto. – Sorri gentilmente para disfarçar a vontade de gargalhar da cara confusa que ela tinha aquele momento.
- Bom, tudo bem. Se é assim me chame de Kara. – Estava séria, para quê tanta rigidez loirinha? – Como eu ia dizendo, Lena... – Dessa vez deu ênfase em meu nome. – Não é todo mundo que nasce com o privilégio de entrar em um local e ditar as regras ao seu prazer. – Nossa, essa doeu, ponto pra Danvers marrenta. – Aliás, a Cat me deu um tempo para escolher o que exatamente quero fazer. – Deu de ombros. – Apenas não me decidi ainda.
O típico caso da menina que tem potencial demais e coragem de menos.
- E qual o seu maior deseja Kara Danvers? – Brainy deu um sorrisinho de lado ao ver a loira de olhos arregalados depois da minha pergunta. – Desculpe, não precisa responder. – Levantei os ombros em sinal de lamento.
- Sem problemas. – Respondeu sem jeito ajeitando os óculos novamente. – É que eu ainda não faço ideia. – Agora ela havia parado pensativa. – Enfim, não é algo que interesse a uma completa desconhecida. – Parecia nervosa.
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Between lies and discoveries
FanfictionVocê já imaginou se descobrir preso em um mundo que não é seu mesmo achando que era. KARA, acreditava que sua vida era simples, uma antropóloga que estudava as civilizações alienígenas, dentre elas a que mais a encantava, Krypton. Sabia que havia si...