Alex e Gloria - A garrafinha com tequila.

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Flash back on

Elas se afastaram calmamente para que os outros não percebessem.

- Vamos, aproveita a distração. – Correram sorrindo até um corredor onde Alex havia guiado – Vem é por aqui.

-Para onde você está me levando, Danvers? – Cruzou os braços.

- Só vem, não estraga a surpresa. – Disse puxando as mãos da agente e correndo até o fim do corredor. – Chegamos! É uma antiga sala de treinamentos que está à espera de alguém especial. Ninguém entra aqui além de mim e do Jon e não há câmeras de vigilância por enquanto.

Gloria observou curiosa o local, parecia não ter nada demais além de ser uma sala com teto alto e provavelmente algumas funções camufladas na parede. Então por que ser tão especial? Porque a manter escondida dos outros agentes. Se lembrou de Lena falar sobre a tal Kryptoniana escondida e ligou os pontos. Será que Alex sabia quem era? Deixou pra lá, afinal, queria aproveitar seu momento com Alex.

- Sei que não parece nada demais, mas gosto de vir pra cá. É silencioso! – Levantou os ombros. – O que você acha daquelas duas se conhecendo? A Lena parece simpática, mas a minha irmã ainda tem implicância com os Luthor, só se sentiu menos ameaçada quando disse o que você falou. – Disse comprimindo os lábios por saber que vinha bronca.

- Danvers, não era pra espalha informações da vida pessoal da minha amiga. – A olhou brava e cruzou os braços ao semicerrar os olhos.

-Desculpe, era a Kara, você sabe que eu não nego nada aquela carinha. – Realmente não conseguia resistir a carinha de cachorrinho abandonado que Kara fazia toda vez que queria tirar alguma informação dela. – Por favor, não fica chateada. – Fez biquinho.

- Ok, eu relevo. Mas tente não fazer de novo, porque você vai ser minha zona de escape pra falar sobre um fogo cruzado em que me meti essa semana entre ela e tia Lilian. – Alex revirou os olhos. – O que foi?

- Você gosta da Lilian Luthor? – Parecia incrédula.

- Alex, ela é mãe da minha melhor amiga. Não é como se eu não a chamasse de tia quase que a vida inteira. – Deu de ombros. – No mais, acho que a Lena achou a Kara atraente. – Riu com a cara de espanto de Alex. – Porém, está mais interessada nas pesquisas dela, e meu Taz nunca foi de misturar as coisas. Então relaxa, ela pode fazer algo pra provocar, mas não vai querer ficar com a Kara, eu acho. Quem dera! – Pensou um pouco. – Eu adoraria que a vadia com coração de gelo encontrasse alguém que domasse aquele órgão selvagem cheio de amor guardado em caixinhas. Cê acredita? Caixinhas. – Começou a rir fazendo com que Alex fizesse o mesmo. – Sério, a Kara seria interessante pra estar nesse cargo. – Sorriu baixo fazendo Alex também imaginar a cena.

- Você parece uma irmã coruja tentando proteger o menor quando fala da Lena. Não que eu não faça o mesmo com a Kara, mas pelo menos eu não confundo as pessoas sobre ela ter ou não um coração. – As duas riram juntas e Gloria deu um tapa na ruiva.

-Ela tem, e é enorme. Mas finge que não já que a família não ajudou muito. Acho que Lena só recebeu amor de verdade de 4 pessoas na vida, e a que mais importa ela não lembra. – Gloria ganhou um semblante triste ao lembrar das perdas de Lena. – Sabe se eu estou aqui sendo valorizada como agente, foi graças a ela. Eu a protejo porque ela também sempre me protegeu. Uma vez cheguei do meu primeiro trabalho no FBI e Lena estava na porta me esperando com uma garrafa de vinho, como costumávamos fazer as sextas. E eu me acabava de chorar. Quando ela me viu, me pegou nos braços esquecendo completamente a garrafa, e olha que ela não dispensa álcool por nada. – Afirmou em um pequeno riso. – Ela me levou pra dentro, me fez tomar um banho e fez um chá pra mim. Contei pra ela o que havia acontecido. Que havia sido obrigada a ir pra cama com um cara pra colher informações e sido avisada que essa era minha única função a partir de agora. A agência de Smallville era pequena e não havia muito espaço para mulheres. A Lena ligou pro Lex, ele ainda não tinha surtado. Eles hackearam o sistema da agência e simularam um ataque terrorista. Roubaram as informações de todos os agentes menos as minhas e eu fui direcionada a resolver o caso. Acontece que essa simulação foi autorizada por um superior do pentágono amigo do tio Lionel e aquela altura conhecido do Lex. Antes que eu saísse do prédio esse superior apareceu nas tvs informando o que havia ocorrido e dizendo que além da segurança do prédio serem falhas, o que faziam comigo era um método arcaico que não era autorizado pelo FBI. Demitiu os superiores e tirou o resto dos agentes de campo. Agora aquela agência só lida com administrativo e eu fui transferida pro FBI de Nacional City. Apesar de treinar com você, não trabalhamos juntas, lembra. Na sua primeira semana o Jon já havia trazido você pra cá. Quando cheguei não tinha mais Alex.

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