Capítulo 3

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Bruno Maquiny.

Emily: caralho Bruno, sabe o quão preocupada eu tava?

Maquiny: oi preta, cadê a Louise? -falei fechando a porta e tirando a pistola da cintura.

Emily: larga de ser sonso cara -levantou vindo em minha direção.- tamo nos duas desde ontem esperando notícias suas, você saiu de casa 14 horas, não falou que iria ter confronto.

Maquiny: se eu também não sabia, cara. os homi chegaram ai na maldade, cê sabe que não tem aviso.

Emily: e quando acabou você não podia vir pra casa? sua irmã foi pra escola preocupada, por mais que a gente saiba que se rolasse alguma coisa com você iriam chegar aqui pra avisar, isso deixa a gente desconfortável, caralho!

Maquiny: Emily, na boa, eu entendi. me perdoa. quando a Louise chegar vou pedir desculpas a ela também cara, agora relaxa, eu tô aqui! -cheguei perto dela abraçando a mesma pela cintura.

Emily: grande coisa... -murmurou e eu só ri vendo ela levar seus braços no meu pescoço.- onde você dormiu?

Maquiny: na boca.

Emily: espero mesmo. -se afastou de mim e apontou o dedo pro meu peito.- se eu descubrir que dormiu na casa de alguma vagabunda daqui eu te quebro todinho, tendeu?

eu apenas dei risada e dei um selinho demorado nela, logo depois fui pra cozinha beber uma água enquanto ela foi assistir tv.

nesses meus sei lá quantos anos convivendo com a Emily, ainda não consigo me adaptar com esse jeito super preocupada dela, isso ela puxou todinha da dona Rita, mãe dela.

nós dois nos conhecemos desde novinhos, mãe dela me acolheu assim que minha sumiu abandonando eu com dez anos e a Louise com três.

enfim, nunca foi facil, tia Rita se ficou com o desgosto de descubrir que eu tinha alguns anos já dentro do tráfico.

doi pra caralho falar sobre isso, mas foi aquele dinheiro que ajudou todos nós nos momentos mais fodas, principalmente nos últimos meses dela.

sai do meus pensamentos com a voz do Nobre soando no radinho.

Nobre: Maquiny? - a voz tomou conta do silêncio que tava, fazendo com que a Emily me olhasse da sala e fizesse um cara de nojo que me fez rir de canto de boca.

Maquiny: manda chefe.

Nobre: preciso de tu pra auxiliar na organização das cargas que chegaram agora, precisei colocar uns menor a mais pra fazer ronda, tem como tu colar aqui?

Maquiny: jaé, marca dez.

Emily: mas você mal chegou em casa Bruno. -me olhou com uma cara de chateada e eu fui até ela.

Maquiny: venho trazer nosso almoço mais tarde, beleza? -segurei o maxilar dela, fazendo com que nosso olhos se encontrassem e ela continuo com aquela cara emburrada dela.- para com isso, ein? tu sabe que é meu trampo

ela revirou os olhos e eu logo encostei nosso lábios iniciando um beijo intenso, colocou sua mão no meu rosto e acariciou o mesmo. me afastei dela dando alguns selinhos.

Maquiny: deixa eu ir logo antes que queira te dar mais que uns beijo.

Emily: vê se arranja um jeito de dormir em casa hoje, tu vai levar um chá daqueles. -disse com uma cara de safada me olhando do sofá enquanto eu ajeitava a arma na cintura novamente.

Maquiny: filha da puta. -murmurei fazendo epa rir.- daqui a pouco tô aqui.

sai de casa com o coração apertado e a cueca mais ainda. só a voz dessa desgraçada já me deixa louco!

Foi na RocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora