Capítulo 21

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Borges.

Ver ela lá em cima dando um verdadeiro show me deixava cheio de orgulho, papo reto.

Essa mulher da aulas em tudo que faz e me deixa bobão desde que me entendo como homem.

Tô feliz pra caralho por saber que tamo dando uma nova chance pro nosso bagulho, ta ligado? tentando mais uma vez, por mais que nunca tenha dado nada errado nós sempre acabávamos nos afastando e parando de curtir nosso bagulho.

Mas dessa vez vai ser diferente, tô na intenção de por um caminho certo na história da gente, se for pra ficar junto vamo, se não for cada um pro seu lado e ponto.

Louise: qlf, não acreito que a tia Nina tá perdendo isso, ela é amarradona na Lai.

Borges: porra, bem lembrado. ela falou que ia colar e nada. -tirei o celular do bolso  e liguei a tela do mesmo.- ai, falando nela, mandou mensagem aqui agora.

Dona Nina

- Felipe

diz, qual foi? -
vai colar não? Lai no palco quebrando e amassando -
falta só tu po -

- quero tu em casa agora

iiih, qlf dona Nina? -

- agora, você ta com algum problema?

o que rolou? foi o Lucas? -

- anda logo caralho!

Dali eu já sabia que o b.o era grande, mas não conseguia nem imaginar o que rolou.

Maquiny: que foi irmão? cara é essa? -me entregou uma lata de cerveja e eu neguei com a cabeça.

Borges: vou ter que colar ali em casa, rolou alguma coisa.

Maquiny: quer que eu vá lá contigo?

Borges: nem, marca dez ai que já tô de volta.

Maquiny: jaé, qualquer coisa aciona. -fiz um toque com ele e logo me sai dali em direção a saida da quadra.

Montei na moto do Maquiny que tava comigo e guiei em alta em direção a casa da coroa.

Coração tava aceleradão, mo medo de ser algum bagulho muito sério, ou sei lá, ta ligado?

Parei com a moto em cima da calçada de casa e logo desci já abrindo o portão da frente, indo em direção a porta que tava só encostada.

Entrei e na mesma hora o corpo gelou, tava imaginando mil coisas menos isso.

Quando vi ela com sentada no sofá com o rosto vermelho e molhado de tanto chorar contando aquelas notas fiquei fraco pra caralho.

Nina: seu sonso, ridículo! -se levantou vindo na minha direção.- de onde saiu todo esse dinheiro?

Ela me olhava com uma cara de nojo, bagulho que eu nunca tinha visto dela, pelo menos não direcionado a mim.

Borges: calma ae mãe, vamo conversar.

Nina: calma, Felipe? você tá me pedindo calma? - ela jogou algumas das notas em cima de mim. - esse dinheiro aqui a gente não ganha nem em três meses trabalhando juntos.

Borges: era necessário mãe, se não fosse isso ai a gente não ia ter o que comer daqui pro meio da semana.

Nina: eu dava meu jeito! eu sempre dei a porra do meu jeito. - ela aumentou a voz e seus olhos encheram de lágrimas. - me diz, como você conseguiu essa porra?

Borges: fiz um bagulho pro Nobre. - disse de uma vez só e antes mesmo de eu perceber ela já estava em cima de mim me batendo.

Nina: você é um nojento! não te criei pra de envolver com essas merda caralho - senti meu corpo ser empurrando contra a porta e os olhos dela transbordavam lágrimas.- sai agora, pega as suas porras 3 sai da minha casa.

Borges: pera ai, mãe. vamo conversar...

Nina: pera ai uma porra, você ouviu o que eu falei? - ela me interrompeu. - eu fui mulher pra te criar sem precisar disso, tentando te deixar o mais longe possível disso tudo e você não foi homem pra seguir meus ensinamentos, né? - antes mesmo que eu começasse a falar ela me interrompeu novamente. - não quero alguém como você dentro da minha casa, o Lucas é uma criança e não vai conviver com alguém assim!

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⏰ Última atualização: Aug 14, 2021 ⏰

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