Capítulo 7

274 16 0
                                        

Borges.

Borges: se você jogasse essa desgraça sem ser na covardia não iria ta precisando parar essa porra! -disse altão olhando pra cara daquele branquelo filho da puta.

: ô meu parceiro, faz o teu antes que eu te quebre todinho na frente de todo mundo.

Borges: você acha que é quem? ein caralho? -apontei o dedo na cara dele.- não é porque tu porta essa arma ai pra cima e pra baixo que eu vou abaixar a cabeça pra tu não, copiô?

Maquiny: parou a palhaçada, já deu. -disse antes mesmo do cara lá abrir a boca.- Scooby sobe, Nobre ta precisando de alguém na contenção e Borges desce pro banco, to afim de zoada nesse caralho não.

Scooby: qualé Maquiny tenho nem 20 minutos dentro do campo

Maquiny: e já derrubou 4 caras na covardia. se quiser lutar parceiro academia é ali em baixo. -ele apontou pra esquina.- mas antes até mesmo de tu ir lá tem a contenção, vaza da minha frente.

Ele saiu bufando e eu me encostei na rede pra tirar a chuteira, tava pouco me fodendo também, cabeça ta a mil.

Maquiny: que porra é essa Felipe?

Borges: tô com a cabeça cheia, não me enche.

Maquiny: cabeça cheia é motivo pra praticamente pedir pra atirarem nela? Scooby poderia até ser cobrado, mas tu ja iria ta morto.

Borges: na moralzinha mesmo Bruno, preciso trocar um papo contigo.

Maquiny: prossiga. -cruzou os braços me olhando.

Borges: precioso de um favor seu, tô precisando de uma grana.

Maquiny: quanto?

Borges: quanto uma missão custa?

Maquiny: ta maluco porra?

Borges: papo de homem aqui pra você, mandaram a coroa ralar do trampo. as coisas la em casa da pra segurar até semana que vem só, Jhony me pagou hoje, mas se eu tiver 40 reais na carteira é muito, tá ligado? tem escola do menor pra pagar até dia 3 se não vai ser aquele aperto de mente que tu tem visão.

Maquiny: porra meu parceiro -suspirou passando a mão pela nuca. - tu ta ligado a consideração que eu tenho pela tia Nina e ela por mim, não tenho coragem de te meter em nada muito grande. -ouvi ele falar e foi instantâneo minhas mãos colarem no meu rosto de desespero mesmo.- mas quinta vai ter um assalto a uma joalheria la no asfalto, e um dinheiro que os porcos tão desviando das merenda escolar.

Borges: porra, obrigado mesmo irmão, coloca meu nome nessa.

Maquiny: já é a segunda vez Felipe, segunda vez.

Borges: fica tranquilo, é so pra ajeitar os bagulho em casa.

Ele apenas balançou a cabeça concordando enquanto me encarava.

Maquiny: cansei dessa porra aqui, bora lá em casa tomar umas.

Borges: tu ta ligado que eu tô sem nada cria.

Maquiny: tô te chamando pra ir na minha casa, te convidando, não te mandando pagar porra nenhuma.

Eu dei risada e ele passou o braço pelos meus ombros me abraçando de lado e logo em seguida me empurrando, enquanto nos iamos em direção a mesa onde tava a irmã dele, a Emily e a Lais tomando açaí.

Borges: iae feiosas. -falei enquanto fazia toque com elas.- oi Lai -ela apenas sorriu.

Maquiny: bora lá pra casa. -falou com elas.

Lais: ué, meia horinha de jogo e já cansou? -falou com o Bruno que estendeu o dedo do meio pra ela.

Emily: amor, não me envergonha, tu aguenta mais que só trinta minutos. -nos rimos e elas se levantaram.

Eles foram conversando durante o caminho e eu tava tão aéreo que nem tava prestando atenção no assunto.

Foi na RocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora