Borges.
Entramos os três e a casa estava um silêncio do caralho, era só o que me faltava o filho da puta não estar aqui.
Maquiny: é essa casa mesmo Grego?
Borges: número 36, bloco c?
Grego: exato. -disse indo em direção a varanda.
A casa era bem grandinha, mas nada exagerado, não tinha muito móveis também, só o suficiente.
Abri uma porta que tinha uma luz ligada e logo tive visão de que era um quarto, assim que olhei pra cara tive a visão do tão Marcos.
Borges: aqui. -falei da porra fazendo com que o Grego olhasse pra mim e vinhesse na minha direção junto com o Maquiny.
Maquiny: Nobre vai ter que me pagar a mais por ter que ver a bundinha dessa playboy feio.
O cara estava esparramadão em cima da cama, sem roupa nenhuma, com um cigarro do lado, a ponta já apagada e a coberta furada dos cinzas que cairam.
Paramos os três cada um em uma ponta da cama, Maquiny levou a boca da arma até o rosto dele.
Maquiny: olha Marquinhos, temos uma surpresa pra você. -passou a arma pelo rosto dele e o cara não deu um sinal.
Grego: aa fala serio. -levou a mão a bancada do lado dele batendo três fezes, fazendo com que uns papéis e o celular dele caísse.- bora filho da puta levantasse ficando sentado na cama.
O cara olhou pra gente e na mesma hora filho branco, os olhos pareciam que iria tomar o rosto todo.
Borges: bom dia Bela adormecida. -dei um sorriso falso.
Marcos: que porra é essa? -olhou para os lado.- como vocês entraram aqui?
Maquiny: é isso que acontece quando você deve mil reias em pó pra uma boca de fumo, ninguém nunca te contou?
Marcos: pera ai cara abaixa essa arma, deixa eu me vestir.
Grego: eu apoio deixar ele se vestir, não consigo levar a sério a cara desse mano depois de ter visto a bundinha branca dele.
Eu abri o guarda roupa que estava atrás de mim e joguei um short que estava na frente.
Borges: veste essa porra.
Maquiny: ora ora. -veio em direção ao guarda-roupa- sera que aqui dentro tem os três mil que você deve a gente?
Marcos: três mil? -disse vestindo o short no canto da cama.- não cara, é só mil reias.
Maquiny: ué, o filho da dona Claudia e do Marcio Dias não tem seis mil pra pagar um dívida?
Marcos: não mete meus pais nisso, eu arranjo esse seu dinheiro esse mês.
Grego: esse mês? -deu uma risada sarcástica e olhou pra mim.- foi isso que ele disse.
Borges: não sei se você entendeu. -cheguei perto dele, tirei a mão junto com a arma de dentro do blusão e coloquei no queixo do mesmo.- nós só vamo sair daqui com no mínimo a metade dos nove mil que tu tá devendo ou com sua cabeça.
Marcos: e-eu não tenho esse dinheiro todo aqui... -deu uma gaguejada.- só o dinheiro três mil e cem ali dentro daquela gaveta -apontou e eu olhei pro Maquiny que foi na direção.
Realmente tinha algumas notas espalhadas ali dentro e parecia se aproximar da quantidade que ele falou.
Grego: conta essas notas ai, se tiver realmente esses três mil e cem, bom... Só vai faltar mais mil e quatrocentos pra tu pagar a metade. -deu um sorriso irônico e cruzou os braços.
Maquiny: três mil duzentos e cinquenta, -levantou o olhar em direção a ele.- boa playboyzinho, agora pelos meu cálculos só faltam...
Borges: mil duzentos e cinquenta. -olhei pro Maquiny que estava ainda parado fazendo a conta.
Marcos: eu não tenho mais um real aqui, so as joias ai dentro dessa gaveta mesmo. -disse tudo embolado e apontou pra gaveta mais uma vez.
Maquiny puxou os colares que estavam lá dentro, uns 4 bem grossos e cravejados.
Maquiny: você não tem tanto mal gosto, né?! -entregou uma delas na minha mão livre.- bom trabalho Marcos Dias. vou me contentar com somente isso aqui, mas eu vim buscar dinheiro, então essas correnteszinhas aqui não significa tanto, você ainda me deve mil duzentos e cinquenta da primeira metade.
Borges: com os quatro mil e quinhentos da outra metade, o total da sua dívida atual é cinco mil setecentos e cinquenta. -tirei a arma do rosto dele e me afastei o encarando.
Grego: você tem até sexta dessa semana.
Marcos: mas... -foi interrompido.
Borges: algum de nós três gaguejou nesse caralho? alguém gaguejou? -falei alto e ele negou com a cabeça.- então você não tem pergunta nenhuma, até o dia 26, sexta-feira eu quero a porra desse dinheiro na minha mão e você pode ter certeza que eu venho pessoalmente buscar. -virei as costas e sai do quarto.
Meu corpo estava estremecido, não foi difícil, mas é algo não é dentro sa minha realidade ver alguém vulnerável a mim porque tenho sua vida em minhas mãos, ta ligado?
Minutos depois os meninos sairam de lá de dentro dizendo que prenderam ele na cadeira pra dar tempo da gente sair daqui sem ele ligar pra ninguém.
Dessa vez eu fui dirigindo, pegamos o hg na recepção do condomínio e fui en direção a Rocinha.

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Foi na Rocinha
Romance📍Rocinha, RJ. " 'Cês não são meu sangue, mas fizeram bem mais do que quem realmente era! Em forma da minha gratidão sou capaz de dar minha vida por vocês, 'tendeu? Enquanto eu estiver de pé vou ser por nós e pelo nosso, sempre. Vou derrubar cada um...