Capítulo 16

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Lais.

Quanto mais eu rezo mais problemas me surgem, ta repreendido!

Desde quarta recebendo chamadas de número privado, ouço respiração, algo parecido com um choro, nada além disso.

Já ta me irritando pra caralho, e pra ser sincera, isso ta me cheirando a uma pessoa específica.

Maria: tem certeza que vai ser seguro, filha?

Lais: an? -olhei pra ela que tava encostada no balcão da cozinha.

Maria: esse negócio de tocar no baile amanhã.

Lais: vai ser tranquilo mãe. -fui andando até ela.- perigo a gente corre todo dia só de morar aqui.

Beijei o rosto dela e peguei uma maçã.

Maria: janta em casa, né?

Lais: antes disso tô aqui, só vou trocar esse papo com o Nobre e resolver um bagulho la em baixo.

Maria: então vou fazer um strogonoff pra gente.

Me despedi dela e sai de casa, subindo em direção a boca que normalmente a boca que o Nobre fica.

Já tinha um tempinho andando naquele sol do caralho, quando senti uma moto sendo encostada do meu lado.

: indo pra onde? -olhei por lado e logo reconheci o hg.

Lais: boca 3, ta indo pra lá?

Hg: sobe ai. -dei um sorriso pra ele e logo subi na moto e ajeita meu short.

Nem cinco minutinhos e nós dois ja estávamos entrando na naquele galpão.

Lais: obrigada, viu?

Hg: sossego preta, qualquer bagulho tamo ai.

: ta fazendo o que aqui? -surgiu uma voz vindo de um porta lá no final do galpão.- em Lais?

Forcei um pouco os olhos pra tentar ver quem era até reconhecer o Maquiny.

Lais: ta maluco porra? vim resolver o bagulho do baile, você mesmo que me falou.

Ele continuou com aquela cara feia dele, nem me assusto mais.

Desde que conheci o Maquiny é isso toda vez que chego perto de qualquer ponto de tráfico aqui, como se eu tivesse pouco.

Ele passou por mim e eu logo fui até a porta de onde o Nobre ficava.

Lais: posso entrar. -disse batendo na porta que já estava aberta.

Nobre: coé Lais, entra ai.

Lais: vim resolver esse bagulho sobre o baile.

Nobre: é sem b.o, veio uns moradores ai falando sobre você, ta ligada? que já foram ou já ouviram coisas boas sobre os bagulho que tu faz, então como eles mandam aqui, né?!

A gente ficou conversando por um tempo sobre o que vai rolar no dia, pra eu poder me encaixar e pá.

Assim que terminamos, chamei um uber e desci pra saida da favela.

Espero estar certa em relação as ligações, porque se não vou ta indo me estressar atoa.

Entrei no carro e cumprimentei o motorista. Ele puxou alguns assuntos aleatórios, então a viagem passou rapidinho.

Assim que entrei naquele condomínio senti um peso nas costas, sabe? parece que todaa energia ruim que eu carragava quando frequentava isso aqui tinha voltado.

O motorista parou o carro bem na frente da casa, paguei a corrida e me despedi rapidinho.

Toquei a campainha e esperei um tempo, até a porta abrir de vez, me fazendo assustar.

: você? aqui? -me olhou com uma cara de quem tinha visto fantasma.

Não sei como esse garoto se acabou tanto, na verdade sei, né?! e muito bem...

Lais: queria falar comigo?

Oi gente, tô vendo que tem pessoas novas começando a ler, queria pedir pra que vocês não fosse leitor*s fantasmas e que comecem a interagir com comentários e votos, a mamãe aqui iria adorar 🙈

Foi na RocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora