Sakura On
Depois do treino mortal na torre, Ayame-sensei e eu voltamos pra casa, sorridentes e ofegantes de tanto lutar. Quando cheguei, mal tirei minhas sandálias e fui correndo pra sala de pergaminhos, ficando o resto da noite curando o peixe fedido, até senti lo se mover de novo, me fazendo gritar de alegria.
Os dias que se sucederam foram os mais trabalhoso, devorava pergaminho atrás de pergaminho, absorvendo conhecimento anatômico, sobre venenos, anditodos e em como usá-los em batalhas ninja, sendo pressionada por minha sensei que fosse feito tudo com perfeição, já que se houvesse um mínimo erro, poderia custar minha vida e de quem estivesse comigo. Meu controle de chakra melhorava a cada dia e meu domínio sobre o kongōken* parecia mais instável e preciso.
- Ainda está gastando chakra demais... de novo, do começo_ solto um suspiro, acumulando chakra na minha mão em punho, socando mais uma árvore, vendo seu tronco afundar a medida que minha mão penetrava na madeira, tombando pra trás. Olho Ayame por cima dos ombros, ofegante_ de novo.
Faço um bico, indo para a próxima árvore, fazendo o mesmo movimento, que foi repetido mais cem vezes até que minha sensei do mal me deixou beber água e descansar os músculos em baixo de uma árvore de copa avantajada.
Passava minhas manhãs lendo e estudando, indo a Vila de semana em semana para prestar atendimento médico aos moradores, que sofriam com insolações e feridas, principalmente nos pés e nas mãos, causando inflamações ou até mesmo infeções feias, já tinha me acostumado do o odor pungente de sangue e pus quando fazia incisões ou até mesmo pequenas cirurgias ao lado de Ayame, que, apesar da fama de morta viva solitária e de ser cega, "inválida", ajudava aquelas pessoas sempre que podia.
- Como anda sua interação com o Umibôzu*? _ tomei um gole de chá gelado, fazendo um sorrisinho sem graça_ Sakura...
- Ainda em fase de adaptação, nunca tive uma invocação, ainda mais uma tão...er..
- Moldável?_ como mais um pouco do meu arroz frito, afirmando com a cabeça devagar.
Meu contrato com uma invocação poderia ser mais legal, se não tivesse me identificado com o Umibôzu, a mesma invocação de Ayame-sensei. Não que não tivesse gostado dele, mas poderia ter vindo um bichinho mais fofinho, até mesmo uma lesma, como a Katsuyu, mas não...
- Sabe que pode moldar seu chakra para usar qualquer forma que a massa invocada queira né? _ Ayame não me encarava, apenas tinha a cabeça voltada para a frente, com as faixas em seus olhos, como todas as manhãs e tardes, enquanto me explicava os usos de uma invocação como aquela_ quanto mais controle de chakra tiver, melhor ficará a forma e mais sólida vai ficar, mas pra isso...
- Também preciso ter um bom relacionamento com meu Umibôzu, já entendi..._ encaro o pergaminho que ele geralmente ficava, enquanto terminava minha refeição.
- Poderia começar dando um nome pra ele, não vai chama-lo de Umibôzu pra sempre, não é?
Solto um suspiro, tentando pensar em algum nome apropriado, lembrando do treino, de quando batalhei com a sensei, descobri que a água usada para as armadilhas eram fragmentos de Kazumi, seu Umibôzu, na qual se mostra na forma de um dragão pequeno, mas segundo Ayame-sensei, este poderia chegar a um tamanho colossal, já que ao decorrer dos anos a mesma juntou seu chakra a água, que foi armazenada no pergaminho de invocação do mesmo por anos a fio.
Comecei assim que fiz o contrato com o mesmo, juntando meu chakra a água que saiu do pergaminho, criando o laço de companheirismo entre mim e o Umibôzu, que era nada mais do que uma massa achatada, com dois furos fundos, amarelos, como se fosse um biscoito mal feito, depois desse dia me empenho para firmar mais nossa ligação, mas não estava tão fácil quanto imaginei que fosse.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Jornada
Hayran KurguSakura tinha perdido tudo que mais prezava no mundo. O que lhe reestava era a decepção de ser uma ninja inútil e fraca, que todos deveriam proteger. Mas depois de tantos baques consecutivos a rosada decidi partir de sua vila, com ajuda da sombra pro...