01. de volta ao passado

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BELLE HAVIA ACABADO de deixar as malas em seu novo apartamento, pouco se esforçando para arrumar as roupas no armário antes de sair

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BELLE HAVIA ACABADO de deixar as malas em seu novo apartamento, pouco se esforçando para arrumar as roupas no armário antes de sair. Com os óculos escuros camuflando minimamente o rosto da mulher, ela caminhava com calma por entre as poucas pessoas, contente por ninguém ter parado a morena no meio da calçada para pedir autógrafos, fotos ou, na pior das hipóteses e mais provável dentre elas, insultá-la pelo enorme desvio que lhe custou um papel de protagonismo num filme e agora lhe ameaçava a carreira.

Ela preferia acreditar que tais coisas poderiam acontecer e assim como com sua rainha Taylor, a verdade iria aparecer apenas para fortalecê-la. Mas é claro que ela não perdoaria os rostos familiares que lhe apontaram um erro que ela não cometeu, assim como alguns dos usuários que mais admiravam seu trabalho e agora, estavam lhe direcionando todo tipo de xingamento nas redes sociais.

Ela entrou numa simpática cafeteria intitulada de Cosy Bear Coffee, e aproveitou da pouca movimentação para pedir logo seu cappuccino e algum doce para viagem.

Enquanto aguardava que a gentil Nina lhe trouxesse seu pedido, a Monroe passou a encarar o local, que tinha uma originalidade impressionante com os quadros espalhados pelo estabelecimento e a simpatia do mesmo.

Há quanto tempo ela não visitava a cidade natal? Era o que se perguntava enquanto algumas boas memórias lhe invadiam a mente. Os amigos do colegial; o quarteto, formado por Alexy, Rosalya e sua prima Ravena; Nathaniel... Se ela pudesse reclamar de algo na infância artística que os pais proporcionaram, certamente seria do afastamento repentino que teve dos colegas assim que recebeu seu primeiro papel. A mãe mal se importou com o que Belle achava mas, bem, no fundo, ela sabia que faria aquilo. Era uma ótima oportunidade e no fim das contas, ela se deu bem. Até aquela fatídica entrevista estragar tudo.

─ Licença. ─ Uma voz diz, despertando a mulher de seus devaneios. A Monroe deu um passo para trás sem pensar duas vezes, dando um sorriso envergonhado para o homem ao perceber que impedia a movimentação.

Mas ela parou assim que encarou o rosto do mesmo. Ela poderia dizer que viu aquele homem em algum lugar, apesar de não fazer ideia. Talvez fosse algum ex-aluno da Sweet Amoris com quem cruzou vez ou outra nos corredores da escola, mas ela sabia muito bem que tinha uma péssima memória fotográfica.

Debaixo dos óculos escuros, a mulher demonstrava curiosidade e confusão enquanto observava o loiro junto de um outro homem, o qual ela podia afirmar com certeza de que nunca vira na vida.

Olhos âmbar e cabelos dourados, mas ela questionava que o garoto que já amou poderia andar por aí com uma cicatriz no lábio superior e com piercings na orelha com tanta naturalidade e conforto.

Mas ela definitivamente teve sua resposta quando ele abriu a boca novamente, soltando uma risada para o amigo de cabelos escuros.

─ Nath? ─ Perguntou, com o cenho visivelmente franzido.

Belle esperava que fosse ignorada pelo homem, que certamente seguiria com sua vida e café ─ o qual chegou antes do da Monroe, mas ela nem chegou a perceber ─, mas ele se virou, procurando por quem o chamara até ver uma única pessoa o encarando.

─ Sim. Posso ajudar? ─ Pergunta confuso, o sorriso ainda no rosto devido a risada enquanto segurava o copo de plástico na mão.

Mas ela não conseguiu responder. Tudo bem que dois motivos a impossibilitaram, mas era óbvio que se seu celular não tivesse tocado em seu bolso, ela continuaria boquiaberta perante o Jones.

─ Desculpe, eu... ─ Ela balançou a cabeça, pegando o aparelho em seguida e levando a orelha. Virou-se de costas para o loiro assim que percebeu que era seu empresário no outro lado da linha, um pouco frustrada pelo momento interrompido. ─ Josh, eu estou ocupada...

Ele a interrompe.

Quando combinamos de você manter a discrição por certo tempo, não esperava que fosse para sua cidade natal. Era pra esfriar a cabeça, não a alma! ─ Ele exclama com irritação.

─ O quê? Mas como é que você...

Sua prima foi passar as férias aí, era a dedução lógica de qualquer usuário do Twitter. E agora eles tem fotos suas numa cafeteria qualquer dessa cidade minúscula!

Ela levantou a cabeça, procurando por qualquer celular apontado para ela. Para sua infelicidade, havia cinco.

─ Eu tenho que ir. ─ Ela solta, desligando o celular sem qualquer resposta do homem.

Apressou-se em sair do estabelecimento, atravessando as pessoas com agilidade para poder chamar um táxi. Felizmente não demorou, e Belle pôde ir para sua casa, deixando para trás mais do que um café já pago e não experimentado.

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