18. sobre términos...

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É SÓ BELLE ENTRAR em sua casa para que o telefone vibre na bolsa pequena. Ela estava com os braços ocupados, equilibrando de modo desastroso as compras nas mão e quando finalmente colocou tudo no balcão, pôde ver a mensagem de Nathaniel.

"Eu sei que eu ronco, mas espero que isso não tenha te assustado hoje de manhã", ela sorriu, sentindo-se um pouco culpada.

Em algum momento da manhã ensolarada na qual acordou, ela acabou saindo do lado do loiro, depois de poucos e bons minutos olhando a face tranquila dele enquanto dormia. Em certo instante, ela se sentiu como uma psicopata fazendo isso e simplesmente saiu de sua casa, mas parecia estar além daquele ato.

Ela só não sabia o que poderia ser.

Respondeu rapidamente o torpedo, e colocou o celular sob o balcão enquanto organizava as compras nos armários.

Divagando durante a tarefa, Belle pensou em Alexy. Havia falado com a prima mais cedo, e ele não havia aparecido no evento, assim como a morena suspeitou. Para ser sincera, ela não se lembrava de ter o visto muito desde aquele dia no Cosy Bear Café, onde ele apresentava um humor estranho.

Não queria ser invasiva, mas também queria ajudar o amigo, e sentia que esperar mais não traria nenhum resultado. Então pegou o celular, perguntando por ele. A última conversa que tiveram foi há quase uma semana.

Quando ele respondeu, parecia tão frio quanto na última vez em que se viram, mas combinou sem muito esforço de ir até a casa dela. Então a Monroe precisava terminar logo de organizar a cozinha, pois queria dar o máximo de atenção possível para ele.

A campainha toca, e Belle se apressa em guardar uma última embalagem de biscoito no armário antes de ir atender a porta. Era Alexy.

Com os cabelos azulados e brilhantes e a jaqueta colorida no corpo, ele ainda sim parecia opaco, e não radiante como de costume. Os olhos pareciam tristes e abaixo deles, era visível olheiras apesar da maquiagem. Ele entrou.

─ Hey! A gente não se vê há dias. ─ Ela se senta ao seu lado no sofá, sorrindo gentilmente para ele. ─ Está tudo bem?

─ Sim... ─ Responde sem muito entusiasmo, mal encarando-a nos olhos.

─ Qual é, Alexy! O que houve? Você parece distante e nem foi na festa da Ravena. Não precisa me contar caso não queira, mas não finja que está bem. ─ A de cabelos escuros pega em sua mão, e felizmente ele não recua.

Num longo suspiro, Alexy parece finalmente ceder, olhando para a amiga com atenção.

─ Acho que você não vai me deixar em paz caso eu evite o assunto. ─ Ele dá de ombros assim que ela confirma com um movimento de cabeça. ─ Morgan e eu terminamos. Quer dizer, tecnicamente demos um tempo, mas eu não consigo acreditar que iremos retornar.

─ Oh Alexy! ─ Ela o puxa impulsivamente para um abraço, apertando-o em suas mãos pequenas e lisas.

Tinha medo que ele interpretasse seu olhar e gesto de forma diferente, como se ela estivesse com pena quando, na verdade, estava longe disso. Belle conhecia o amigo, o suficiente para saber que ele nunca precisou de fato de um olhar do tipo na vida. Ele sempre foi forte, divertido e maduro, e soube equilibrar tais coisas nos momentos de necessidade.

Se alguém estivesse perdendo, seria seu ex.

─ Aparentemente estou muito focado no trabalho. Não tenho dado muita atenção para ele e isso o chateou.

─ Você tinha boas intenções, talvez ele só precise refletir sobre.

─ Não me dê esperanças, está bem? ─ Ele revira os olhos, mas tenta sorrir. ─ Estamos nessa briga há alguns dias, era o que tinha afetado tanto o meu humor. Eu amo o Morgan, mas não posso simplesmente deixar tudo de lado por ele. Tenho prioridades.

Belle então para, refletindo sobre. Será que isso que havia impedido que ela continuasse com Nathaniel? Ela não sabia dizer. A verdade era que estava ciente do amor que tinha por sua profissão, e que não pararia com ela apesar do que aconteceu. Mesmo assim, o quanto ela abriria mão por uma relação?

Não, pensou, afastando o pensamento negativo. Não era hora e nem lugar para tal devaneio, principalmente com o melhor amigo ao seu lado, compartilhando algo que lhe tinha machucado. Ela não tornaria aquilo algo dela. Estaria ali por ele.

─ Tem algo que eu possa fazer por você? ─ Pergunta, sugestiva e esperançosa, encarando o azulado com atenção.

Ele sorri, de modo tão encantador e contagiante que era como se estivesse prendendo uma risada.

─ Você é uma enxerida, sabia? ─ Ele arqueia uma sobrancelha, e ela sorri para o amigo.

─ É a minha marca registrada; vocês já deveriam ter se acostumado. ─ A Monroe balança os ombros com certo entretenimento, arrancando outro sorriso de Alexy.

─ É algo com o que tenho que lidar sozinho. Se tivermos que voltar, então é o que vai acontecer, mas não vou criar expectativas dessa vez. Se você me distrair com uma boa fofoca, então eu já estarei no lucro. Aconteceu algo de interessante no evento da Ravy? Ela foi pega agarrando o Castiel? ─ Ele sugere, e Belle jurava ter visto uma pitada de malícia nos lábios curvados do rapaz antes de lhe tapear o ombro.

─ Que horror! Não fiquei tanto tempo, mas se isso não está em nenhum tablóide americano, então eles foram mais cautelosos do que esperávamos.

─ Ai, ela me decepciona. Vamos falar de você então. ─ A Monroe franze o cenho confusa, apesar do sorriso torto no rosto, e Alexy revira os olhos. ─ Você está sorrindo feito uma adolescente desde que toquei nesse assunto. Ficou com o Josh?

Belle faz uma cara notável e engraçada de nojo, arqueando as sobrancelhas em surpresa e balançando a cabeça em seguida.

─ Definitivamente não. Mas se você quer tanto saber, então só me resta contar.

Ela dá de ombros, hesitante em contar para Alexy sobre ela e Nathaniel uma vez que ele passava por um momento delicado na relação. Mesmo assim, ele pareceu entusiasmado em cada palavra da Monroe, animado por ela, e ela ficou feliz de ter contado sobre primeiramente a ele.

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