12. quase um encontro

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❛ BELLE MONROE ❜

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❛ BELLE MONROE

QUANDO EU CONCORDEI em dar um banho na gatinha do Nathaniel, não pensei que seria tão complicado. Pensei que seria fácil por ele dizer que ela gostava de mim, mas agora eu duvidava muito disso.

Era a terceira vez que ela corria pelo banheiro, assustada com a água corrente que saía pelo chuveiro. Depois de tantas tentativas fracassadas, a única coisa que ganhei foram alguns pequenos arranhões nos antebraços, mas nada realmente grave.

Com as patinhas molhadas, Branca pula mais uma vez na pia do banheiro, não antes de sujar o piso de cerâmica com a água ensaboada que eu havia preparado, e ela me lança um miado manhoso e mais extenso do que eu achava possível para um gato.

Curiosamente, eu escuto a porta de entrada ser aberta logo depois disso, e deduzo que seja Nathaniel. Assim como eu, a felina encara a porta com atenção, mas eu entro na frente da mesma, por mais que já estivesse fechada.

─ Não, não, não ─ Tento advertir, mas ela não parece sentir qualquer medo com o meu tom de voz.

─ Cheguei! Está tudo bem aí? ─ O som de seus passos aumenta, revelando a aproximação.

─ Você me disse que seria fácil! ─ Exclamo irritada, e escuto ele rir do outro lado da porta. ─ Você sabe que posso te ouvir, né?

─ Deixe-me entrar. ─ o Jones pede, e encarando atentamente ao bichano, eu libero a passagem.

Quando ele entra, Branca sai com rapidez da pia, passando a se enroscar com gosto nas pernas do homem. Ele não demora um segundo sequer para pegá-la no colo, afagando sua cabeça, e a leva com calma até a banheira, esvaziando a mesma antes de colocar a gatinha dentro.

De um canto do chão, ele tira um pequeno brinquedo que eu não havia notado antes, e distrai a felina com o ratinho cinza enquanto preenche a banheira com água limpa. E não se passou nem uma hora para que ele finalizasse o banho em Branca, que pareceu maravilhada com o pelo macio e limpo.

Ignorando completamente nós dois, ela sai pelos corredores, balançando a cauda com serenidade, como se tivesse acabado de fazer as unhas na manicure.

Eu, que demorei uma tarde inteira para tentar realizar aquela tarefa, me senti humilhada.

─ Em minha defesa ─ Digo, ainda encarando com perplexidade o caminho pelo o qual ela passou. ─ Eu nunca tive um gato antes.

Posso escutar Nathaniel rir, e quando olho para ele, tinha acabado de esvaziar a banheira, indo lavar as mãos logo depois.

─ Estive pensando em pedir alguma comida; só tenho as sobras de ontem na geladeira e não parecem muito boas.

─ Bom, eu recomendaria a comida chinesa da Lee. Eles dão um rolinho primavera de graça e o tempero é ótimo. ─ Sugiro, caminhando até a sala e colocando minha bolsa num dos ombros. ─ Eu sinto que não ajudei muito, então ainda fico devendo uma.

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