✓| DELICATE ──── amor doce.

17. noite longa

  

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BELLE SORRIU QUANDO Nathaniel a colocou com delicadeza na cama, e pôde captar o mesmo gesto nos lábios do loiro apesar da pouca luz presente em seu quarto.

Ele se encaixou perfeitamente em cima dela, as mãos ágeis retirando o vestido vermelho que ela usava, e graças ao zíper já aberto, não demorou até que a Monroe estivesse apenas com um body preto e com detalhes sob o corpo, tão perfeitamente colocado sob sua pele que o Jones se sentiu obrigado a parar com o que estava fazendo apenas para observá-la.

─ Depois de hoje, eu estou seriamente repensando minha cor favorita. ─ Ele solta, depositando curtos beijos em sua clavícula exposta.

─ A minha continua sendo azul ─ Ela sorri no escuro, observando momentaneamente a cueca da mesma cor do homem.

Isabelle correu as mãos até as costas do loiro quando sentiu a única peça que ainda vestia sendo afastada de sua pele, e era como se cada pelo de seu corpo tivesse se eriçado quando ele tocou a barriga exposta da mulher, olhando-na nos olhos.

─ Se você falar que estou linda, eu te mato. ─ A morena pode ver ele arregalar os olhos em poucos segundos, mas sorri em seguida, aproximando a face da dela enquanto a própria mão desce cada vez mais pela pele clara e macia da Monroe.

Quando Nathaniel a beija, ela consegue sentir o sabor evidente de licor em seus lábios carnudos e agora, um tanto avermelhados com o seu batom. Pareciam sintonizados a cada gesto que faziam, a cada beijo que davam e a cada suspiro que deixavam escapar entre as quatro paredes do quarto escuro.

A distância entre os dois se tornou inexistente quando o homem grudou seu corpo no dela, afastando uma mecha preta do rosto de Belle enquanto a outra mão descia até o íntimo da mulher, lhe arrancando um curto suspiro.

Ele sorri.

─ Tem certeza? ─ Indaga com o cenho franzido, e Belle podia jurar ter visto esperança em seus olhos quando balançou a cabeça, concordando.

Ela conseguiu enxergar ele se afastando, levando consigo um calor do qual ela havia se apegado, e visualizou enquanto ele tirava a única peça de roupa restante, a mais nova incapaz de fazer qualquer coisa se não admirar o momento, observando com cautela quando ele se aproximou novamente, pele contra pele, e afundou a cabeça no seu pescoço.

Quando ele se encaixou dentro dela a Monroe arfou, agarrando o lençol com força quando ele voltou a beijá-la, equilibrando-se em cima da mulher enquanto a mesma ousou colocar as mãos em suas costas, as unhas curtas e pintadas arranhando minimamente a pele do Jones.

A cada movimento que ele dava, a cada toque que ousava dar na mulher, ela sentia o desejo por ele crescer dentro de si, de uma forma constante e veloz, até que lhe faltasse o ar para respirar.

Ela sorriu quando ele afundou a cabeça em seu pescoço mais uma vez, e uma das mãos subiu por suas costas largas até o couro do homem, puxando com o máximo de delicadeza possível os curtos fios dourados que ele tinha, já bagunçados.

Podia jurar que ele sorria contra sua pele quando uma das mãos alcançou o tronco do loiro, pedindo inconscientemente por mais contato, e ela respirou fundo quando a mão dele desceu até sua coxa, aparentemente pedindo pelo mesmo que ela.

Entrelaçou uma das pernas em seu tronco, as mãos correndo furiosas pela pele nua do homem, cravando-lhe as costas a cada movimento marcante que ele ousava fazer, e sentindo a pele acima da clavícula ser sugada, a Monroe jurava ter alcançado o paraíso.

Em sua cabeça, ela cogitou a possibilidade de aquele momento ser uns dos melhores de sua vida desde que voltou, porque estava além do prazer carnal que ambos poderiam proporcionar ao outro.

De uma forma bem clichê, ela se sentia segura próxima a ele, apesar de nunca admitir, e o que estavam fazendo naquele exato momento só dava para a mulher mais certeza quanto a relação que poderia ter, mesmo que eles não pudessem fazer qualquer promessa naquele momento.

Então ela sorriu quando ele parou de beijá-la, visualizando o rosto do homem: as íris brilhantes e intensas, a cicatriz charmosa no lábio superior, alguns fios teimosos e loiros que lhe escorriam pelo rosto. Nathaniel era lindo, mas naquele momento, aparentando vulnerabilidade e sensibilidade diante dela, ele parecia perfeito. Isso se desconsiderasse um pouco do suor próximo do cabelo, ela pensou, beijando seus lábios uma última vez antes de chegar ao ápice.

Havia sido uma noite longa, no fim das contas. Isabelle só queria que Nathaniel ficasse e, para sua surpresa, ele estaria disposto a fazer muito por ela, apenas não havia admitido isso em voz alta.