(♡) DELICADO
───── 𝙣𝙖𝙩𝙝𝙖𝙣𝙞𝙚𝙡 𝙟𝙤𝙣𝙚𝙨.
Belle Monroe estava arruinada graças a diversas interpretações de uma fala sua. Numa entrevista qualquer, ela perdeu um grande papel numa franquia e ainda virou uma das celebridades mais comentadas...
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AO LADO DE ALEXY, Priya sorri de maneira maliciosa, enquanto a Monroe revira os olhos.
─ Vocês são extremamente pervertidos. Achei que seria legal avisar.
─ Se você não quiser contar, a gente entende. É algo pessoal. ─ Ela dá de ombros, mas o sorriso permanece.
─ Só nos beijamos! ─ A de cabelos escuros esclarece, gesticulando com as mãos. ─ Só isso. Por que é tão difícil de entender isso?
─ Acho que é ele. Parece aquele tipo de homem que te prensa na parede na primeira oportunidade e te deixa sem ar.
─ E isso é bom? ─ A Monroe encara a mulher, confusa.
─ No seu caso é.
Belle fica quieta, balançando a cabeça em reprovação apesar do sorriso no rosto. Eles finalmente alcançam o Cosy Bear e, felizmente, acham uma mesa com facilidade.
─ E vocês se falaram desde então? ─ Alexy perguntou, olhando para o cardápio. Curiosamente naquele dia, ele parecia distante.
─ Só por mensagem. ─ Belle responde, sentada ao lado de Priya.
Ela queria, mais do que tudo, importunar o amigo naquele exato momento até descobrir o porquê de seu comportamento, mas não sabia se seria apropriado com Priya ali, já que os dois não tinham tanta intimidade quanto elas duas. Teria que deixar para depois, apesar de o humor do azulado estar tão transparente quanto a água para as duas.
─ Está tudo bem, Alexy? ─ Priya pergunta assim que fazem seus respectivos pedidos, e ele sorri simplório.
─ Sim, claro. ─ É tudo o que diz, e o celular em seu bolso logo toca, revelando ser uma ligação. ─ Licença, garotas.
Priya e Belle acompanham com os olhos enquanto o azulado saiu do estabelecimento com o telefone na mão, logo atendendo a quem quer que fosse quando era impossível de elas escutarem algo.
─ Você sabe o que aconteceu?
─ Para falar a verdade, não. ─ Belle responde, observando o amigo de longe com o cenho franzido. ─ Ele me parecia frio ontem, nas mensagens, mas achei que era coisa da minha cabeça.
─ Espero que não seja nada grave. Se precisar de qualquer ajuda, estou aqui. ─ Priya sorri de modo solidário, tendo o gesto retribuído pela Monroe.
─ Eu agradeço. Podemos mudar de assunto? Acho melhor deixar ele ter a sua privacidade. ─ A de cabelos pretos sugere, e encara a amiga com malícia em seguida. ─ Como está aquela sua amiga? Ony, não é?
Ao ouvir o nome, a mulher sorri descaradamente, apesar de revirar os olhos.
─ Você é extremamente tarada. Achei importante dizer. ─ Imita a Monroe, com a voz um pouco rouca e intimidadora.
─ Você não pode esconder as coisas de mim, senhorita Priya. Eu sou sua melhor amiga.
─ Sério? Eu achava que era a Ravena. ─ Ela leva o indicador ao queixo, fingindo pensar, e recebe um tapinha no ombro da amiga, que a faz rir. ─ Você sabe que é você, Belly. Mas minha relação com a Ony é... complicada. Não quero rotular nada antes do tempo certo.
─ Eu queria conhecê-la.
─ Não vai faltar oportunidades, eu juro.
Ambas sorriem uma para a outra, recebendo seus cafés logo em seguida.
─ Expresso? ─ Belle encara a bebida da amiga, com uma careta. ─ Que vida amarga.
─ Jones. ─ A indiana fala, o que faz a outra revirar os olhos.
─ Você não vai mesmo sair do meu pé, não é? ─ Levanta o olhar até o rosto da mulher, mas percebe que ela não a encarava.
Seguindo a direção da atenção da de cabelos castanhos, ela finalmente entende o que ela quis dizer com o sobrenome do loiro.
Não muito longe de onde estavam, no balcão, as duas puderam avistar um Nathaniel machucado, a bochecha com um pequeno corte enquanto ele falava alguma coisa para Nina. Estava sério e, num chute pessoal da Monroe, disfarçando a dor. A jaqueta parecia mal colocada sobre os ombros e ele parecia apressado, e ela flagrou ele apoiando a mão no tronco, com dificuldade.
─ Nath? ─ Belle indaga, baixinho, e logo se levanta, indo até o homem sem nem anunciar à Priya.
Mesmo que preocupada e focada apenas no Jones, ela pôde perceber que não era a única curiosa quanto ao seu machucado; alguns poucos clientes o encaravam, com receio e até mesmo nojo.
Ela realmente queria que eles se fodessem.
─ Jones? ─ Ela chama, e ele não demora muito para se virar, fazendo uma careta no processo. ─ O que houve?
─ Problemas num caso. Só preciso de um pouco de gelo. ─ Responde sem rodeios, e Nina logo aparece com um saco gelado para ele.
─ Você... Está bem? Precisa de ajuda?
─ Definitivamente não. ─ Diz sério, pegando a embalagem gelada das mãos pequenas da adolescente e lhe pagando em seguida. ─ Até, Monroe.
Ele passa a andar, como se não estivesse com sangue seco no rosto, e deixa Belle para trás, confusa.
Ela tinha feito algo? Era o que se perguntava quando olhou para a amiga, que com gestos lhe perguntou o que havia acontecido.
─ Eu não sei. ─ Ela sussurra apenas para que a mulher escutasse, e encara a porta. Do lado de fora, ele estava prestes a partir em sua moto.
─ Vai ─ Priya diz, um sorriso compreensivo na face enquanto a Monroe, agradecida, corria até o loiro.
─ Nathaniel! ─ Grita, levantando a mão a fim de chamar sua atenção. Dentro do capacete, ele parece escutá-la, virando a cabeça em seguida até que pudesse enxergar a morena. ─ Não posso deixar você ir sozinho para... Casa? ─ Ela tenta, franzindo o cenho.
─ Belle, eu realmente não quero ajuda.
─ Não é só no rosto. ─ Ela afirma, encarando o tronco coberto pela jaqueta. ─ Você disfarça muito mal.
─ Você quer um prêmio por ter descoberto? ─ A voz é agressiva, e ele suspira logo depois. ─ Deixa que eu cuido disso, está certo?
Ela fica parada, sem reação, vendo enquanto ele liga a chave na ignição. Se foi um comportamento que ele intensificou enquanto ela estava fora ─ essa mania de não querer demonstrar fraqueza ─, ela tinha achado ridículo.
Mas não era como se pudesse fazer algo para impedir que ele saísse correndo com a motocicleta, numa velocidade que ela nem tentaria alcançar. De todo jeito, ela não correria atrás dele nem se estivesse a cinco metros por hora.
─ Foda-se então ─ Ela diz, encarando ele apenas para ter certeza de que tinha escutado. Quando sentiu que sim, ajeitou a bolsa no ombro e passou a andar na direção oposta, decidindo ir para a própria casa.