Zapata
Patterson e eu tínhamos ido até o orfanato para falar com a assistente e também na tentativa de vermos Eleonor. A Assistente analisa todos os novos dados que lhes foram apresentados e vez ou outra levanta o seu olhar para analisar Patterson e a mim.
Eu não fico nervosa com muitas coisas na minha vida, acho que posso contar nos dedos das mãos quantas vezes fiquei nervosa, e quantas fiquei tão apavorada a ponto de achar que poria para fora todo o conteúdo do meu estômago e, bem, essa é uma dessas vezes.Não entendo porque estou tão nervosa, Patterson tem certeza de que dará tudo certo e ela é a Patterson.
— Vocês não são casadas, certo?
— Ainda não.
— Qual a garantia, que vocês podem me dar, de que vocês não terminarão o namoro semanas após Eleonor ser adotada? Ela sairá do orfanato para viver em um lar desfeito, incompleto, passará por audiências de guarda.
— Por que o Estado acha que há garantias disso não acontecer quando se é um casal perante a lei? Patterson e eu nos conhecemos há uma década e raras vezes tivemos alguma discussão. Estamos juntas, como casal, há oito meses e estamos indo muito bem, só não sentimos a necessidade de ter um papel comprovando o que sentimos perante o Estado.
— Mas se o Estado quer uma certidão de casamento, como garantia, para nos dar a guarda de Eleonor, Tasha e eu podemos resolver isso agora mesmo.
— Foi apenas uma pergunta, se acalmem. Vamos prosseguir agora com as entrevistas individuais, poderia me deixar a sós com a senhorita Zapata?
— Claro, com licença. — Patterson se levanta e aperta o meu ombro. — Boa sorte, babe.
— Senhorita Zapata, conforme os dados que me foram apresentados, você tem uma filha de pouco mais de cinco meses, você estava em um relacionamento com o pai dela? Se sim, por que não estão mais juntos?
— O pai de Elena era um dos meus melhores amigos e durante um período nós acabamos confundindo as coisas e nos envolvemos. — Afasto as lembranças dolorosas, pode ter se passado mais de um ano, mas isso não significa que esteja doendo menos. — E Ed e eu não estamos juntos, não ficamos juntos, porque ele morreu antes mesmo que tivéssemos decidido algo concreto.
— Não acha que você e Patterson se envolveram muito rápido? Digo, não estou julgando, mas não acha que vocês duas podem estar confundindo as coisas?
— Se tivéssemos confundindo as coisas, se tivéssemos nos envolvido apenas por carência, nós não estaríamos juntas há oito meses, senhora. O fato de eu ter me envolvido com Patterson apenas seis meses após perder o pai de Elena, não muda o que sentimos uma pela outra.
— Pelo que eu entendi, Elena perdeu o pai sem que vocês dois estivessem em um relacionamento e Patterson sempre esteve por perto, correto? — Maneio a cabeça positivamente. — Por que então que Patterson não fez a adoção unilateral de Elena?
— Porque apesar de estarmos juntas, apesar dela amar a minha filha como se fosse dela, eu decidi que Elena teria o nome do pai em seu registro e saberia quem foi seu pai, saberia desde sempre que ele morreu por esse país, e porque, além do mais, tem a família do pai dela que tem todo o direito de saber que ela existe e de conviver com ela.
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Hope [Zapatterson]
FanfictionPatterson passa um ano sem dar notícias para Tasha, ou para qualquer de seus amigos, e quando volta é com uma proposta um tanto quanto inusitada para a sua melhor amiga...