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A vida tinha que seguir normalmente, era o Zapata dizia para si mesma, enquanto se arrumava para ir para o trabalho. Elena e Eleonor já estavam devidamente prontas e alimentadas. Ela tinha que continuar fazendo as coisas como fazia, até o dia em que Patterson terminasse o seu trabalho na Austrália e retornasse para casa. Até lá, a vida tinha realmente que seguir normalmente.

Os pensamentos de Zapata se dispersam quando ela ouve a campainha tocar. Vestida em um roupão ela segue até a porta. Ela sorri ao ver que é Allison e Bethany.

— Oi, entrem! — Ela dá espaço para a amiga entrar. — As meninas estão prontas e eu estou terminando.

— Está bem cedo, temos tempo ainda. — Elas seguem Natasha até o quarto, enquanto Bee vai até o quarto de Ellie e Nena. — Weller está voltando amanhã, Boston chega hoje a noite, podemos nos reunir aqui para distrair você da missão da Patty.

— Acho ser uma boa ideia, além do mais, Boston pode ter contato com o Rich. — Zapata termina de se vestir e faz a maquiagem, termina de organizar a bolsa e segue para o quarto das filhas. — Vamos lá, babies, hora de irmos para a escola.

— E a Nena para a creche.

— Isso mesmo. — Natasha dá um beijo na testa da filha mais velha. — Agora vamos nessa!

— Tasha, acho que seria interessante aceitar a ideia de Patterson e deixar a Ellie ir passar uns dias com o Bill. Eu já te contei tudo que eu ouvi da Patterson sobre essa missão dela, e ela é bem complicada.

— Eu tenho medo da reação de Ellie se a gente deixar ela com o Bill.

— Olha, na última visita do Bill, ficou óbvio que a Ellie ama ele, e que é recíproco. Além do mais, ela é uma garotinha inteligente, se conversar e explicar a situação, ela vai entender e ficar bem feliz em ir ficar com ele.

— Eu acho que você tem razão. Patterson queria que eu fosse junto, mas não tenho interesse, então, acho que Ellie indo já será bom o bastante.

— Sabe, para Ellie não se sentir tão deslocada ou receosa em ficar com o Bill, Bee pode ir com ela. Ela o ama também.

— Bem, vamos conversar com o Weller depois para ter certeza de que ele aceita isso.

— Você sabe que sou eu quem dou a palavra final, não sabe?

— Claro que eu sei, até em relação a mim e ao meu trabalho.

— Você deveria me escutar, escutar a Patterson e ficar sob proteção com o Bill Nye.

[. . .]

Patterson estava exausta. Nos últimos dias, ela tinha passado mais tempo dentro de um avião do que em terra firme. Ela mal via a hora de chegar ao seu antigo apartamento e descansar. Ela teria dias cansativos pela frente.

Ela não fazia ideia do que a esperava quando voltasse para a AISC, mas estava feliz porque iria rever algumas pessoas que gostava e admirava. Sabia que iria enfrentar muito julgamento quando a verdade viesse a tona, porque até que a CIA a resgatasse, ela seria colocada como uma vilã que ajudou Madison.

Ela deveria fazer uma verificação no apartamento, mas está cansada demais para isso e provavelmente está sendo apenas paranóica.

Ela coloca a mala em seu quarto, tira o salto e se joga na cama. Para a sua sorte, sua assistente do lar estava disponível quando ela ligou avisando que estava voltando e que precisava do apartamento limpo. Estava tudo impecavelmente limpo e arrumado e ela estava grata por isso.

Ela pega o celular e checa o horário, ainda podia ligar para Tasha e conversarem por alguns minutos, muito provavelmente Tasha estaria indo para a cama, e ela estava tão cansada que provavelmente dormiria falando com ela.

Hope [Zapatterson]Onde histórias criam vida. Descubra agora