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Cara, esse capítulo está muito ruim, mas vai ser isso mesmo. Vejo vocês o mais breve possível.

Feliz dia das crianças, crianças
Xoxo, Leh Leal.

º~º

Patterson

As últimas semanas foram insanas. Coordenar todo o meu trabalho da AISC remotamente, reuniões, conversas com advogado, assistente social, tudo para garantir que as coisas estariam em ordem quando eu viajasse para a Austrália.

Natasha também tinha estado ocupada com o seu trabalho para ajudar Allie em um caso da polícia federal. Pelo pouco que pude apurar, o caso era grande e tinha a ver com a máfia.

No entanto, na semana passada tudo se acalmou. Recebi o documento oficial da guarda de Eleonor, terminei tudo o que precisava antes do lançamento do projeto de Madison; Natasha também finalizou o que quer que Allie tenha pedido a ela. Por isso, hoje tínhamos decidido aproveitar a paz momentânea e passar o dia de preguiça com nossas filhas, com direito a muito filme e alimentos nada saudáveis.

Hoje Elena tinha dado seus primeiros passinhos, no auge dos seus nove meses e meio, mas a euforia desse momento foi deixada de lado porque ela também está nascendo os dentes caninos e está mais manhosa. Agora Tasha está no quarto com ela, tentando fazê-la dormir, e eu já preparei a varanda com uma garrafa de vinho e duas taças para bebermos um pouco quando ela voltar. Merecemos isso.

Na próxima semana, eu pegaria o avião de volta para a Austrália e não tinha certeza sobre como me sentir em relação a isso. Estava ansiosa? Sim. Com medo? Mais do que eu gostaria de admitir. Os passos de Tasha no corredor, me tira dos meus devaneios. Eu sorrio para ela, enquanto ela senta ao meu lado lado e descansa a cabeça no encosto do sofá.

— Não imaginei que Elena ficaria tão manhosa, ainda bem que ela dormiu.

— Você sentirá falta das manhas dela quando ela estiver maior. — Sirvo uma taça de vinho para ela e outra para mim. — Pegue, hoje podemos.

— Se Nena acordar daqui a cinco minutos, você que vai cuidar dela, porque está tentando me embebedar.

— Eu não acho que ela vá acordar antes do horário em que normalmente ela vai para a cama dormir com a gente, mas pode deixar que, se ela acordar, eu cuido dela. — Ela liga o som no volume mínimo e toma um longo gole da sua taça de vinho. — Acha que Ellie está bem com a gente?

— Hey, já passamos pelo período de adaptação, o processo de adoção foi finalizado e o nosso nome consta na documentação e, sim, ela está feliz. Por que isso agora?

— Ah, eu tenho medo dela está infeliz e não querer dizer nada por medo de voltar para o orfanato, tenho medo de está sendo uma péssima mãe.

— Patterson, acredite em mim, você tá sendo uma mãe incrível, se alguém aqui anda sendo negligente e péssima mãe, esse alguém sou eu, eu mal fico em casa.

— Você trabalha e o seu trabalho não pode ser feito de casa, e quando você está aqui, sua atenção é cem por cento para as duas, então, não, você não é uma péssima mãe, Tash.

Dou um beijo em sua bochecha e descanso minha cabeça em seu ombro. Eu me sinto extremamente sortuda por ter Tasha como amiga, por ela ter permanecido aqui para mim, mesmo com tudo o que aconteceu, mesmo com toda a minha bagagem emocional. Acho que não há ninguém no mundo que me conheça melhor do que Tasha, ela sabe de todos os meus gostos, minhas pequenas manias e todas as dores que eu passei, ela sabe que sou complicada e mesmo assim continua me dando seu apoio e seu amor incondicionalmente. Com essa constatação, levanto minha cabeça e olho para ela de perfil por um minuto, decidida a contar para ela algumas coisas sobre a Austrália, mas então ela me olha de volta com a sobrancelha arqueada, e eu perco a minha coragem.

Hope [Zapatterson]Onde histórias criam vida. Descubra agora