Pretending

156 9 0
                                    


Hoje

Nova York

Diário de Louis Tomlinson


No dia seguinte, as desculpas de Harry ainda estão ecoando no meu cérebro quando caminho para o ensaio. Achei que ele se desculpar me daria alguma sensação de calma, mas não deu. Em vez disso, me gerou uma estranha ansiedade efervescente.

Solto a respiração e puxo os ombros para trás.

Qual é a pior coisa que poderia acontecer? Ele dizer que não estava falando sério?

Não, minha consciência sussurra, soando irritantemente como Niall. Seria pior ele dizer que estava falando sério, porque então você teria que de fato deixa-lo ficar ou ir. Na verdade, ambas as opções te matam de medo.

Ranjo os dentes, A Consciência Niall está irritantemente tão certa quanto o Niall da vida real. Quem diria?

Avalio o ensaio de hoje quando chego ao teatro. Devemos marcar a cena de sexo para passa-la amanhã.

Imagens de Harry correndo as mãos pelo meu corpo sequestram minha mente e eu me estremeço.

Nossa.

Só de pensar nele me estimulando, de mentira ou não, já é o suficiente para me deixar duro por antecipação.

Respiro fundo e abro a porta. Quando entro na sala, Cody, o extraordinário anjo da cafeína, me passa um café. Harry surge na minha frente enquanto fecho minha mochila e aguardo. Ele parece bem demais para alguém com uma ressaca monstruosa.

— Ei. — ele diz baixinho.

— Oi.

Ficamos parados lá alguns segundo num silêncio desconfortável.

— Então... — ele diz, olhando para as mãos.

— É, então... você está todo cagado hoje. — o comentário é uma pirraça.

— Valeu. Parece que não posso mais beber quase uma garrafa de Jack como eu costumava.

— Que pena. Listou isso no seu currículo como um talento especial?

— Sim. Nunca tive de usar em um personagem, mas cheguei a fazer muita pesquisa. — ele solta um risinho amargo.

— Ah, sim. Muito importante, pesquisa bêbado.

— É. — ele sorri, o tipo do sorriso fofo de um lado, com suas covinhas bem marcadas, é irritantemente cativante.

— Escuta. — ele diz. — Quão babaca eu fui ontem à noite? Fica à vontade para mentir e dizer "nem um pouco" porque eu tenho a impressão de que foi feio.

Quase derrubo meu café.

— Você não se lembra?

Ele engole em seco e faz uma pausa antes de responder.

— Não, me lembro, só que... não sei o quanto você riu disso quando desligamos. Não te culparia se tivesse rido.

— Não ri de nada. — retruco, experimentando a honestidade. — Fiquei chocado demais por suas desculpas para fazer qualquer coisa além de me convencer que eu não estava sonhando.

Ele assente.

— É, percebo que tenho problemas com isso. É uma das coisas em que estou trabalhando.

— Que pena que não trabalhou nisso quando estávamos juntos.

Eu me sinto mal pela dor que passa pelo rosto dele. Mas o que posso fazer? Não é como se eu pudesse parar de ser um idiota com ele do dia para a noite.

Rosing Star (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora