Hoje;
Nova York.
A dra. Kate me observa, e escondo meu sorriso atrás da mão.
- Você parece diferente hoje. Feliz?
- Sim. Muito feliz. - não posso negar. Nem quero.
- Bem, pela forma como você está irradiando alegria, suponho que você e Harry...?
Ela não precisa acabar a frase. E não preciso responder. Minha expressão deve dizer tudo.
Assinto, e ela anota algo no caderno. Não deixo de perceber seu leve sorriso.
- Não está brava? - pergunto.
- Por que estaria?
- Porque achei que talvez você achasse... que eu não estava pronto.
- Você se sente pronto?
- Sim.
- Então só isso importa. Não estipulei um prazo para sua felicidade, Louis. Só você pode fazer isso. Contanto que se sinta bem, estamos chegando a algo.
- Eu me sinto bem, mas também...
- O quê?
Como posso dizer a ela o que estou sentindo quando minhas emoções em turbilhão não se encaixam em uma categoria?
Feliz/cauteloso. Exultante/apavorado. Encantado/ansioso.
- Harry foi embora ontem.
Só dizer as palavras me dá uma dor no peito.
A dra. Kate me observa por alguns instantes antes de perguntar:
- Como você está lidando com isso?
- Não gosto. Sinto saudade dele.
- Sentir saudade é bom.
Olho pela janela e vejo as nuvens mudando de forma.
- Dá uma sensação estranha admitir isso. Aceitar que preciso dele. Por muito tempo achei que precisar dele era mostrar fraqueza.
- E agora?
Avisto uma nuvem que parece um pênis e sorrio.
- Agora, vejo que me permitir precisar de Harry é a minha maior demonstração de força. A mais corajosa.
- Dizem que a sorte sorri aos corajosos.
Penso sobre minha chegada à porta da casa dele. Sobre tê-lo convencido a fazer amor comigo. Sobre finalmente deixá-lo entrar de novo.
Um arrepio de prazer sobe pela minha coluna.
- Acho que é verdade.
**
Estou encostado na parede do meu camarim. Lutei contra meu exercício de concentração e não consigo me endireitar. Ontem foi assim. Imagino que na próxima noite também vai ser.
Não é que ache desconfortável atuar com Nathan, mas entrar no personagem sem Harry é bem mais difícil do que achei que seria.
Afasto a tensão e giro o pescoço. Tenho dez minutos. Preciso ficar pronto.
Ando pelo corredor até o camarim de Harry e abro a porta. Um sopro do cheiro dele me atinge quando acendo a luz, e respiro profundamente.
Em alguns segundos, me sinto melhor.
Sento em seu lugar na frente dos espelhos e toco nas coisas dele. Não tem muita coisa. Base, pó, lápis, fixador de cabelo. Delineador que amo o quanto contrastam perfeitamente com o verde de sues olhos.
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Rosing Star (Larry Stylinson)
FanfictionSuspiro e pressionou a testa contra a parede. A quem estou enganado? Sim, claro, posso fazer uma peça romântica com o meu ex namorado que partiu meu coração, não só uma, mas sim duas vezes. Sem problemas. Bato a cabeça contra a parede. Se tivesse um...