Rosing Star (Larry Stylinson)

Sick And Tired

Seis anos antes;

Westchester, Nova York;

Grove.

Suspiro e me reviro na cama.

De novo.

E de novo.

E de novo.

Olho para o relógio: 2h52 da manhã.

Droga.

Pego meu telefone na mesinha de cabeceira e confiro a tela.

Carregado. Nenhuma ligação perdida. Nenhuma mensagem.

Não sei por que estou surpreso. Realmente achei que meu discurso na chuva acabaria com todas as minhas inseguranças? Nem eu sou tão ingênuo assim.

Mas aqui estou eu às duas da manhã, surpreso por ele não ter ligado nem mandado mensagem.

Jogo o telefone de volta na mesinha de cabeceira, então me reviro e fecho os olhos.

Apenas pare de pensar nele. Se ele aparecer, apareceu. Se ele não...

Bom... se ele não...

Puxo as pernas contra o peito e tento suprimir a dor que cresce lá.

Se ele não aparecer... a vida continua. Vou ficar bem.

Vou ficar bem.

Minto para a escuridão, repetindo a mesma frase seguidas vezes. E, mesmo quando o sono finalmente se apodera de mim horas depois, eu ainda não acredito nisso.

— Uau, você está uma merda. — Lottie comenta quando me remexo na cozinha.

— Valeu.

— Ele não te ligou, né?

— Não.

— Idiota.

— É.

Eu me jogo na mesa da cozinha quando Lottie coloca um prato de ovos mexidos na minha frente.

Olho para eles com desconfiança.

— Nem comece. — ela avisa. — Até eu posso fazer ovos.

— Sério?

— Não sei. Nunca fiz antes. Ainda assim, tenho certeza de que estão deliciosos.

Ponho um pouco na boca enquanto ela se vira para abrir a geladeira. Quase me engasgo. Não sei como alguém pode estragar tanto uns simples ovos, mas Lottie estragou.

— Bom? — ela pergunta por sobre o ombro.

— Incrível. — respondo com a boca cheia. — Você deveria experimentar.

Por que eu devo ser o único submetido a essa tortura?

— Vai ligar para ele? — ela pergunta enquanto me serve um pouco de suco.

— Não.

— Bom garoto. Você fez tudo o que pôde. Deixe que ele te procure.

Engulo em seco, mas ainda ruminando os ovos e minha paranoia.

— E se ele não? Não me procurar, quero dizer.

— Ele vai.

— Mas e se ele não ligar?

— Claro que ele vai.

— Lottie, droga, e se não ligar?

Ela para o que está fazendo e me encara.