O destino salva e tira vidas.

188 13 9
                                    

Eles estavam voltando para a casa de Aurora, e ao chegar na porta se depararam com os irmãos da mesma e suas amigas, eles tinham uma feição seria e Themos fazia uma cara aterrorizante, ele barrou os dois de entrarem na casa mas assim que percebeu que sua irmãzinha estava de mãos dadas com aquele homem, o homem que ela amava a muito tempo, aquela feição se desfez e um sorriso se abriu em seu rosto. Aquele homem que antes estava bravo se desmontou na frente de todos e correu para abraçar sua pequena irmã.

Ele a soltou envergonhado e olhou para Balder que segurava o riso e com um olhar sério disse "seja bem-vindo a nossa família, somos um pouco confusos de vez em quando" então foi interrompido por Fogus que completou: "Mas somos bem felizes, na maioria do tempo."

Todos riram dos gêmeos que por incrível que pareça tentavam causar uma boa impressão no deus que havia acabado de chegar. Eles entraram justo, mas a felicidade logo se desfez quando viram o estado que Eros estava, pelo que ele havia tentado dizer seu pai havia descoberto que ele tinha dito a verdade sobre a flecha do amor para Aurora, e havia o punido por seu ato.

Todos estavam desacreditados, como ele poderia ter batido em Eros mais uma vez, sendo que da última quase o matou. O cupido tinha a boca cheia de sangue e várias penas arrancadas de suas asas que de brancas viraram vermelhas por causa do sangue.

- Mas me explique, nosso pai não pararia, a menos que alguém o impedisse, e pelo visto você não o fez parar. - Murmurou Themos.

- Você tem razão, foi a mamãe quem o fez parar? - Perguntou Aurora, que andava de um lado para o outro.

- N-não. - Disse com dificuldade. - Foi. Foi a mulher de cabelos roxos...-

Aurora então se lembrou, da mulher que acalmou o seu coração antes de seu casamento, a mesma mulher que disse que tudo daria certo e que a partir daquele momento ela a ajudaria em tudo. E a dona da voz que a acalmou no portal quando ela viu Balder beijar outra mulher, mas quem seria essa mulher, e por que ela estaria fazendo isso tudo.

- O que foi querida? - Perguntou Balder.

- Eu já vi essa mulher, é ela quem cuida de mim.

- Então quem é ela? - Perguntou Vênus que parecia desamparada.

- Eu... Eu não sei.

- Acho que sei quem pode nos dizer, as mesmas pessoas que sabem de tudo que acontece no universo... - disse Themos.

- As moiras! - Gritou Fogus.

- Droga, você nunca me deixa terminar uma frase Fogus. - Brigou o outro Gêmeo que parecia magoado.

- Deixa disso e vamos logo, elas logo vão para seus aposentos e não poderemos mais falar com elas hoje. - Lembrou o outro.

O grupo deixou Eros em seu quarto, para que descansasse e curasse suas feridas, e logo partiram na direção do salão das linhas do tempo. Lá havia uma grande arvore rosa, que soltava algumas de suas folhas ao chão e por algum motivo alguns pássaros dourados a rodeavam e faziam suas casas ali mesmo. E logo atrás da arvore, havia uma grande porta cinza, com desenhos de linhas por toda sua extensão.

Aurora não teve nenhum receio e abriu a porta com toda sua força, quase a arrancando do lugar, o que assustou a todos que a acompanhavam, mas não pareceu surpreender as deusas que continuaram a tecer as linhas.

- A pessoa que você procura te espera a um bom tempo. - Disse a mulher de cabelos pretos.

- E sim nós já te esperávamos também, e sabemos quem você procura. - Respondeu a loira antes que Aurora pudesse perguntar.

- Ela te espera na porta dourada, que está ao seu lado. - Completou a ruiva sem demonstrar nenhuma emoção em seu rosto.

- Elas são... - Começou Themos.

- Meio bizarras? - Completou Fogus.

- Sim...

O grupo então viu uma grande porta dourada, que tinha a junção de todos os símbolos de todos os deuses do olimpo, e em seus pequenos detalhes roxos havia os desenhos das pequenas borboletas que cuidaram de Aurora durante a sua infância.

A deusa respirou fundo e pegou na mão de seu marido, e começou a caminhar na direção da porta, sendo seguidos por seus companheiros, a porta ao contrário da outra não esperou ser aberta e se abriu sozinha. Dando visão para uma grande careira feita de nuvens e nela estava sentada a mulher que eles procuravam.

Ao contrário da sua aparência anterior, a mulher parecia cansada e doente, suas roupas e cabelos não brilhavam no mesmo tom do sol, nem mesmo pareciam ter alguma vida, mas mesmo assim a mulher sorria. Com um brilho em seus olhos, e orgulho por sua protegia a ter encontrado.

- Você finalmente veio me ver, vou confessar que sendo a reencarnação do meu marido esperava que teria me descoberto mais cedo...

- Se você é a esposa de Cronos, isso significa que você é... - Começou Aurora.

- A deusa do destino e mãe das garotas que você acabou de ver, e consequentemente sua avó.

- Mas a senhora está diferente desde a última vez que te vi.

- Meu destino está chegando ao fim, isso é um pouco cômico não acha? - Disse rindo de si mesma. - E você será uma parte importante para que ele acabe.

- Por que?

- Eu não posso lhe dizer, mas acho engraçado que o tirano do meu marido voltaria para me salvar dessa vida.

- E o que você pode me contar?

- Que você será a rainha do olimpo, mas terá que usar os aprendizados de sua provação para isso, por isso pedi para seu avô para escolher aquilo para você...


E é aqui que vamos ficar por hoje, espero que tenham gostado e desculpa pela demora, eu tove um pequeno bolqueio, e acabou hoje kkkkk, então a historia ja tem um caminho a seguir, vocês conseguem adivinhar o que vai acontecer?

Uma Deusa AtemporalOnde histórias criam vida. Descubra agora