Desde que Eros voltou para casa ele preferiu ficar sozinho, ele estava solitário, se sentia machucado, e tinha razão em se sentir assim. Mas ao mesmo tempo ele machucava Aurora, que sempre que tentava se aproximar era maltratada.
Então um dia ela parou de tentar, começou a aceitar a solidão, e começou a gostar de estar sozinha. Isso fez com que seus pais achassem que seria uma hora boa parar mandá-la para sua provação.
O que era bem diferente do comum, Aurora tinha apenas cinco anos, mais jovem do que todos os Deuses do Olimpo, e seria mandada para sua provação, o que isso poderia mudar na sua missão...
- Lua,venha até aqui.- Ares gritou no portão do jardim, onde Aurora estava deitada em uma nuvem. - Precisamos conversar.- Essas palavras fizeram Aurora correr para a sala, onde seus pais estavam.
- Estou aqui papai, o que precisa falar comigo?- Aurora esboçava um sorriso doce em seus rosto, esperando uma boa notícia.
- Você irá para sua provação hoje a tarde.- Sua mãe continha um olhar triste, ela não queria perder sua doce menina. - Você tem que ser forte, está bem?- Afrodite logo após dizer estás palavras, deu um abraço forte em Aurora.
- Lua, você sabe o que tem que fazer?- Ares disse se agachando a frente de Aurora…
- Não papai, o que eu tenho que fazer pra todo mundo me aceitar?- Aurora achava que com a provação os outros Deuses não teriam mais medo dela, e achava que a provação era algo bom.
- Você tem que ajudar o seu papai mortal, a usurpar o trono do imperador.- Ares pegava nas pequenas mãos de Aurora enquanto falava. - Você consegue fazer isso meu amor?
- Sim papai, eu sou bem forte, então eu consigo!- Aurora abria um grande sorriso em seu rosto.
Enquanto eles conversam com Aurora, Eros escutava a conversa do final do corredor, e ao ouvir o que a pequena Aurora disse, deixou uma única lágrima cair em seu rosto, ele sabia o que Aurora teria que passar, para ser supostamente aceita por todos, no fundo ele se culpava por ela ir tão cedo...
Quando a tarde chegou aos céus, Afrodite e Ares levaram Aurora para a sala do portão da terra, e quando estavam prestes a colocar Aurora no portão, escutam um grito vindo de longe.
- Pai, Mãe, esperem só um pouco!- Eros vinha correndo, com algo em suas mão, era uma carta, que estava escrito no envelope "abrir após um sonho estranho" - Aurora leve isto, você irá precisar, me desculpe por te ignorar por todo este tempo, eu te amo minha pequena irmã!
Eros estava com lágrimas nos olhos, ele sabia que sua irmã nunca mais séria a mesma, e que ele havia perdido muito tempo se lamentando por seu amor, mas ele tinha certeza de que logo compensaria tudo aquilo.
Após Eros se despedir de Aurora, Ares a colocou no portão, enquanto Afrodite escrevia sua missão no papel do destino, e quando terminou, Aurora foi sugada por uma luz branca.
Quando Aurora acordou estava em uma cama, seu corpo agora era de uma adulta, seu cabelo havia se tornando loiro, mas seus olhos continuavam os mesmo.
Aurora agora tinha as lembranças da filha do primeiro ministro, que também se chamava Aurora, isso graças as escrituras de sua mãe no papel do destino, ela não se lembrava de nada do Olimpo, para ela, ela era apenas a filha do primeiro ministro.
A carta que Eros havia lhe entregado, agora era uma carta que sua suposta mãe havia lhe deixado antes de morrer.
- Senhorita, está acordada?- Uma moça que acabava de entrar no quarto, e que lhe mostrava um sorriso, lhe olhava com curiosidade.
- Sim Catherine. Já lhe pedi para me chamar somente de Aurora!- Dizia enquanto se levantava da cama.
- Eu sei, mas seu pai está no pátio com o príncipe, eu não posso arriscar ser ouvida...-
Catherine dizia enquanto ajudava Aurora a se trocar.- O que aquele príncipe idiota faz aqui? Ele sabe que não quero vê-lo!- Aurora estava se dirigindo a saída, quando Catherine a barra.
- Por favor senhorita, seja gentil, ele é seu futuro marido.- Catherine estava quase implorando.
- Ok Catherine, prometo que vou tentar tratá-lo bem!- Aurora bufou e saiu do quarto.
Nas lembranças de Aurora, o Príncipe era um grande idiota, que caçoava de seus olhos quase a vida toda, o seu casamento com ele foi selado logo após seu nascimento, e tudo se dava a uma promessa entre o imperador e o primeiro ministro.
Assim que o príncipe viu Aurora, abriu um sorriso malicioso em seu rosto, o que fez com que Aurora revirase os olhos.
- Parece que minha futura esposa decidiu se arrumar um pouco para me ver.- O príncipe solta uma risada de ironia.
- Pelo contrário, príncipe Balder, eu me arrumei para ver outro!- Aurora soltou uma gargalhada.
- Aurora! Tenha mais respeito com o príncipe!- Seu pai a olhava com um olhar de reprovação.
- Está tudo bem primeiro ministro, eu a educarei logo logo.- Balder olhava no fundo dos olhos de Aurora. - Afinal nosso casamento é em um mês!
- Se eu não o matar primeiro, até que pode ser.- Aurora mostrava um sorriso malicioso no rosto.
Após a conversa Aurora seguiu junto de Catherine para o jardim da casa, deixando o príncipe com seu pai. Ela amava passar tempo naquele lugar por algum motivo, lhe trazia um sentimento de felicidade.
Ela se subiu um uma árvore baixa que havia ali, e pediu para que Catherine lhe entregasse o livro que trazia junto de si. E assim que a entregou pediu para que Catherine se retirasse e a deixasse sozinha.
Assim que o primeiro ministro deixou o príncipe sozinho, ele seguiu para o jardim, para simplesmente ir atrás de Aurora.
- Senhoritas não deveriam subir em árvores.- O príncipe dizia se encostando na árvore.
- E você não deveria se meter em minha vida, nós nem somos casados e já quer mandar em mim?- Aurora não desviou os olhos de seu livro nem por um momento.
- Por favor Aurora, eu não sou tão ruim assim.- O príncipe disse olhando para cima. - Antes de subir em árvores, a senhorita deveria se lembra que está de vestido.- O príncipe disse soltando uma gargalhada.
Assim que Aurora se lembrou de seu vestido, desceu rapidamente da árvore, suas bochechas estavam vermelhas de vergonha, como ela havia se esquecido de uma coisa tão importante...
- O senhor não deveria nem ter vindo aqui para começo de conversa.- Aurora não conseguia nem olhar para Balder de tanta vergonha. - E muito menos devia ter olhado para cima se sabia que eu estava de vestido, seu pervertido.
- E se não me engano, a senhorita não deveria estar em cima da árvore!- Ele disse ao encarar Aurora.
- Você é mesmo um idiota Balder!- Eu o odeio. Aurora disse ao sair correndo.
- E eu sou apaixonado pela senhorita...- Balder olhava para baixo, e ao lembrar de como Aurora estava envergonhada, abriu um sorriso bobo, mesmo não tendo visto nada quando olhou para cima.
Ao chegar em seu quarto, Aurora estava morrendo de vergonha, e pensava em como o príncipe era um idiota, ela tinha certeza que o odiava, mas será que seria só isso mesmo?
Hello people's, espero que tenham gostado do capítulo de hoje, decidi fazer uma coisa mais calma já que fiz um capítulo triste ontem, espero que continuem acompanhando ❤️
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Uma Deusa Atemporal
Fantasy(gostaria de deixar claro que está obra está sujeita a mudanças. Já que estou reescrevendo alguns capítulos! ❤️) Em qualquer momento da sua vida você já pensou que você seria louco, por dar até mesmo sua vida por uma pessoa? Deuses não são diferente...