The Best Prostitute...

XV. Fünfzehntes

- Depois desse dia eu me tornei o garoto de luxo do bar dele, e seu garoto de luxo também, é claro. Todos os dias, no fim do meu expediente, eu vou acertar contas com ele, porque, apesar de eu ficar com todo o lucro, ele ainda quer saber como anda o meu rendimento.

Eu estava perplexo demais com tudo aquilo, era muita informação pra minha cabeça processar tão rápido. Jungkook parecia estar serio e compenetrado ao me explicar tudo aquilo, algumas lembranças eram nitidamente dolorosas pra ele, mas sentia que faltava algo.

- Isso é tudo? – Vi o mesmo franzir cenho, mas ainda assim concordando – Não vou lhe forçar a me contar nada, mas sei que está inquieto, Jungkook. Não vou lhe julgar por nada!

- Sei que não vai, mas tenho medo de que não entenda o que me mantem nisso tudo... – Aproveitei esse momento para apertar suas mãos com as minhas, chamando seus olhos em direção aos meus.

- Eu não tenho que entender nada, Jungkook. É a sua escolha, não a minha. – Vi o mesmo concordar com a cabeça, respirando fundo e desviando os olhos pra nossas mãos juntas antes de concordar.

- Parte daquele bar era da minha mãe. – Na mesma hora arregalei os olhos – Ela foi oferecida a ele para ser sua garota de luxo quando ele ainda tinha só 20 anos, tinha acabado de assumir a empresa de seu pai, que havia falecido de ataque cardíaco. Ele se apaixonou por ela na época, e resolveu que queria ajudar ela a sair dessa vida que meu pai impunha pra ela. Eu tinha apenas 5 anos na época, ela fazia tudo para me proteger.

Vi o mesmo cerrar os olhos, parecendo sentir dor em contar essa parte. Lhe abracei, puxando o mesmo pra mim, afagando seus cabelos e sussurrando que tudo bem se ele quisesse parar de falar, mas ele apenas se afastou, apertando os olhos com as mãos, parecendo querer enxugar as lagrimas que nem haviam caído ainda.

- Na época ele me ofereceu isso para que eu não dependesse do meu pai, sabe? Disse que mesmo que ela não estivesse mais ali para cuidar de mim, ele ainda era apaixonado por ela e estava cuidando de tudo dela para que eu cuidasse quando crescesse. Ele não cansava de dizer o quanto sou parecido com ela – Vi um pequeno sorriso em seus lábios.

- Por isso talvez ele tenha ficado ainda mais apaixonado por você – Falei, sentindo uma pontada de ciúmes, mas o mesmo apenas soltou uma risada com essa afirmação.

- Sim, realmente – Senti minha orelha esquentar com uma pequena raiva por essa afirmação – No inicio ele se sentiu apaixonado, mas não demorou pra ele notar que eu não era ela. Ele me ajudou muito, mas eu disse a ele que não queria fugir de meu pai, eu quero o que é meu, eu conquistei tudo o que aquela empresa é com o meu corpo, Jimin. – Vi o mesmo me olhar sério – E eu faço tudo o que faço para juntar dinheiro e pagar os melhores advogados pra conseguirem ela pra mim.

Vi seu olhar determinado de uma forma que nunca tinha visto antes. Neles também tinha um pouco de raiva, rancor talvez. Seu pai parecia ser uma parte de sua lembrança a qual ele realmente repudiava.

- Espero que não me julgue por isso... – Toquei seu rosto, sorrindo para ele que apenas me olhava com uma feição a cada segundo mais tranquila, espero que devido aos meus toques que eu tentava fazer com que fossem os mais carinhosos possíveis.

- Claro que não julgo, eu jamais faria isso. Mesmo que fosse só pra ter um dinheiro pra comprar roupas e sapatos eu não teria o direito de lhe julgar! – Vi o mesmo sorrindo, apoiando com mais peso seu rosto em minha mão, a qual lhe fazia um carinho terno.

- Então você ainda quer namorar comigo?

- É claro que sim! – Vi o mesmo sorrir antes de me dar um selinho. – Agora abra o seu presente.