"Desvende meu coração, Delilah."
Drake Petrov é um detetive russo que foi enviado à trabalho para Nova Orleans. Frio, um monstro sem coração, é tudo que dizem sobre ele. Mas, a verdade, é que ninguém o conhece de verdade. Drake possui traumas do pas...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Fecho a porta do banheiro só quarto do Drake assim que o deixo limpo. Começo a passar o pano no quarto, já que ontem troquei apenas a roupa de cama. O Drake já foi ao Tennessee, ele saiu muito cedo e nem tive como me despedir. Vim direto arrumar o quarto dele, depois de deixar a minha avó na casa de uma amiga.
Todo mês ela me pede para que eu a deixe na casa de uma senhora, amiga de infância dela. Fico todas as vezes receosa, apesar de saber que minha avó ainda sabe se virar e se cuidar sem mim. A casa da amiga dela tem acompanhamento dos familiares, não irá ficar sem segurança mas sempre fico receosa. Ela gosta de dormir lá, gosto de vê-la a mesma bem então vou buscar apenas no outro dia.
Passo o pano no quarto, faltando apenas embaixo da cama. Quando vou passar, escuto o barulho de um objeto batendo contra o chão. Arqueio a sobrancelha, me agachando e olhando por debaixo da cama. Franzi o cenho ao ver um celular de botão, bem no escuro. Aquele celular não é do Drake, porque já vi o dele e é bem diferente.
Recordo do bilhete deixado pelo assassino, que estava quase embaixo da cama, de um modo que fosse fácil de ver. Só que o Drake não viu este celular, será que é do Serial Killer... Ah meu Deus! Deve ser!
Abro a gaveta do Drake, pegando uma luva e colocando na minha mão, para que eu não deixe minhas digitais ao pegar o celular. O pego com cuidado, vendo o mesmo se acender, parece fácil de mexer. Decido não mexer em nada, vai que faço alguma coisa errada. Mordisco meu lábio inferior, sem saber o que fazer. Não tenho como ligar para o Drake e avisar sobre o que encontrei. Não quero falar com os patrões.
Saio do quarto, deixo os produtos de limpeza na porta e bato na porta do parecido de Drake, o Carl. Espero que ele esteja aqui, sei que ele não viajou com o Drake. O moreno bronzeado do cabelo cacheado abre a porta, e faz cara de surpreso ao me ver.
Delilah: Oi.. eu achei uma coisa, e acho que é importante_falo tímida.
Carl: Confidencial?_aceno incerta_Entra, patroa!_arqueio a sobrancelha entrando no quarto dele.
Delilah: "Patroa"?_indago confusa e com diversão na voz.
Carl: O Drake é meu patrão, e você é namorada dele.. então..._comenta divertido e fico com as bochechas vermelhas_Você é mesmo adorável. Então, o que foi?_tiro minha mão de trás do meu corpo_Um celular..._murmura sem entender.
Delilah: Um celular, Carl, debaixo da cama do Drake, e não é dele. Arrumei o quarto antes da invasão do Serial Killer, e não tinha isso, limpei agora, depois da invasão, então..._ele arregala os olhos ao entender_Usei uma luva para pegar, sem deixar as minhas impressões digitais.
Carl: Deixa eu ver_ele coloca luvas nas mãos e pega o celular. Mexendo nos botões_Várias ligações feitas horas antes de invadirem a mansão e assassinarem os seguranças. Preciso levar isto ao Drake_passa a mão no cabelo_Tentei ligar para ele, mas deu fora de área. Acho que terei que ir ao Tennessee, tentar encontrá-lo.
Delilah: Carl.._ele me olha_Eu posso ir com você? Ver o Drake?_sei que é loucura mas.. eu quero sentir outros ares, sair da nuvem pesada de Nova Orleans, pelo menos por algumas horas_Ray e Margareth irão a uma reunião, não voltarão até amanhã à tarde. Saige e Paige foram visitar uma amiga. E.._engulo em seco_E vai ficar apenas o Samir e os em.._não termino a frase pois ele parece entender.
O Samir sempre volta bêbado das festas que ele vai todos os dias, e se já sóbrio ele é um babaca, imagine bêbado. Odeio o modo como ele olha pra mim e como sinto nojo só de estar próxima dele.
Carl: O Drake vai me matar se eu te deixar aqui, e vai me matar se eu te levar para uma investigação. Parabéns Delilah, você tem mil maneiras de como causar a minha morte!_comenta sério e divertido_Vai se trocar! Iremos ao Tennessee, gata!_pisca pra mim.
Delilah: Okay!_saio do quarto rapidamente. Voltarei antes dos patrões chegarem e buscarei minha avó.
Tudo certo. Tudo planejado.
[......]
Pisco meus olhos lentamente ao sentir o carro do Carl estacionar em algum lugar. Faz algumas horas que saímos de Nova Orleans, e já é de noite. Passo a mão no meu rosto e tiro o cinto de segurança.
Delilah: Já chegamos?_indago interessada.
Carl: Sim. Fazendas no Tennessee_abro a porta do carro, descendo do mesmo_Ali o carrão do Drake, ele deve ter se hospedar naquela pousada. Vamos_caminho atrás dele, olhando ao redor admirada com o lugar. Está escuro, mas ainda consigo ver a grama verde e bela, além das grandes propriedadas_Nunca saiu de Nova Orleans?_indaga interessado.
Delilah: Não_balanço a cabeça em negação.
Carl: Drake me disse que você tem uma amiga_me olha maliciosa e já entendo.
Delilah: Tenho. Você faz o tipo dela, se é isso que quer saber_digo sorrindo.
Carl: Na verdade, é sim. Obrigado por responder. E então, ela gosta dos engraçados, bonitos e atraentes?_aceno divertida_E como ela é?
Delilah: Maravilhosa_digo sorrindo_Será que ele está aqui mesmo?_pergunto quando paramos em frente a uma pousada.
Carl: Vamos descobrir se entrarmos. Vem!_puxa meu braço e para na recepção, uma senhora vem nos atender_Por acaso o detetive Petrov se hospedou aqui?_a senhora assente alegre.
Xxx: Claro. Um homem espetacular, muito admirável!_diz suspirando e quase babando ao falar dele_Irei avisar da presença dos senhores.
Carl: Não precisa, gentil senhora. Com licença_diz me puxando até as escadas da pensão, após ver o número do quarto dele_Velhinha safadinha, reparou bem no Drake_solto uma risada parando em frente ao quarto, no fim do corredor. Ele bate na porta duas vezes e bem forte. Mordo meus lábios ansiosa para vê-lo.
Drake: Carl, o que faz a.. Delilah?_sussurra assim que me vê atrás do Carl.
Delilah: Oi.._sussurro colocando uma mecha atrás da orelha, com as bochechas vermelhas. Os braços fortes do Drake rodeiam a minha cintura, me puxando para o seu peito e sua boca cobre a minha em instantes. Abraço seu pescoço com os braços e encerro o beijo com vergonha pelo Carl ter visto. Nunca demonstrei tanta intimidade com ninguém.
Carl: Agora que mataram a saudade de apenas horas longe um do outro, será que podemos focar no que é importante?_fala adentrando no quarto_Drake, eu tive que trazê-la, tenho bons motivos para estar aqui e a Delilah ter vindo junto_o Drake fecha a porta do quarto, e para atrás de mim.
Delilah: Eu quis vir com ele, achei uma coisa importante para sua investigação, Drake_digo o olhando e o mesmo não diz nada, apenas beija minha testa, cheirando meu cabelo.
Carl: Estou vomitando arco-íris..._prendo o riso assim que o Drake o encara_Eu não disse nada, patrão_solto uma risada.
Drake: O que foi que achou?_indaga me olhando interessado, passando o braço pela minha cintura e segurando minha mão. Suspiro abobalhada, começando a contar.
