Dança comigo.

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  Lydia suava

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  Lydia suava. Se arrependia amargamente de ter escolhido uma de - o que parecia - ser uma das suas blusas mais quentes. Apesar da saia refrescar, o calor inesperado de fevereiro a pegou de surpresa.
  Scott e Stiles, ao seu lado, também pareciam da mesma forma. Mas nenhum dos três ousou desistir ou diminuir a caminhada. Estavam quase lá. Faltavam menos de cinco minutos para a casa de Allison.
  — Andar... com isso... a pé... Foi sua pior das idéias, Martin. — Stiles reclama, e a ruiva nem sequer se defende. Havia mesmo sido uma péssima idéia.
  — Desculpa, gente. Não sabia que tinha ficado tão pesado.
  Juntos eles haviam feito um enorme mural com todas as lembranças de Scott e Allison. Havia fotos dos dois enquanto crianças, se lambuzando de algodão doce e também de adolescentes, se lambuzando de algodão doce também. Lydia havia desenhado algumas piadas internas do casal e Stiles havia feito uma pequena história em quadrinhos contando como Scott e Allison se conheceram.
  Passaram duas noites seguidas na casa de Lydia fazendo isso. E só esperavam que valesse a pena.
  — Allison! — os três gritam juntos, as vozes fracas pela caminhada.
  Lydia sacou de sua bolsinha duas garrafinhas de água, passando uma para Scott. Stiles fica quieto enquanto vê os dois amigos bebendo água, mas logo se manifesta:
  — E eu?
  — A gente vai dividir. — Lydia responde, depois de dar um último gole — Toma.
  Apesar de não notar, aquela havia sido a primeira vez que Lydia Martin tratou Stiles como um amigo.
  E ele achou aquilo lindo.

  Allison acabou amando o presente e desculpando o namorado. Os três então se juntaram a Allison e seu pai para o jantar, se sentando na sala para ouvir música após.
  — Ah, essa música é um clássico. Vem, amor. Dança comigo. — Scott diz, puxando Allison do sofá para dançar ainda nos primeiros refrões de "Can't Help Falling In Love".
  Lydia aproveita a deixa para ir beber água, sendo seguida por um Stiles bastante entediado.
  — Acho que deu nossa hora. Eles deveriam ter um momento a sós. — ele comenta, a vendo encher um copo de água. Lydia murmurou um sim e bebeu toda a água sem olhar para Stiles.
  Estava começando a ficar difícil olhar para ele.
  — Vamos?

  Já na rua, Lydia começa a andar distraída para a sua casa. Com sua música clássica em um ótimo volume e as ruas desertas, demora mais de cinco minutos para ela notar que Stiles está seguindo o mesmo caminho que ela.
  — Stiles? — ela pergunta, retirando os fones — Tá me seguindo?
  — Claro. — ele afinal — Não vou deixar você ir embora sozinha.
  Lydia revira os olhos, cruzando os braços. Ambos estavam no meio da rua.
  — Sei me cuidar sozinha.
  — Tenho certeza que sabe, mas ajuda nunca é demais.
  — Vai pra casa, Stiles.
  Ele bufa.
  — Custa me deixar fazer isso por você?
  Pensativa, Lydia responde: — Tá bom. Mas não fica atrás de mim. É... Estranho.
  Acompanhando o passo da ruiva, Stiles ri.
  — Bom, talvez eu seja estranho.
  — Ah, você definitivamente é. Quem acompanha até a casa a inimiga número um? — ela pergunta, sem olhar para ele.
  — É, eu sou estranho.
  O restante do caminho é silencioso mas não incomoda nenhum dos dois. O silêncio é apreciado. Lydia dá tchau para Stiles na porta de sua casa e observa o garoto até sua silhueta sumir.
  E ela só conseguiu pensar: droga.

  O incomum silêncio de Lydia é notado por todos os seus amigos. Sem gritos com Stiles, nem papos sobre livros com Malia e nem muito menos sermões para Allison e Scott, até Isaac havia notado a falta de diálogo da ruiva.
  — Por que ela tá quieta? — Isaac pergunta a Stiles, que dá ombros.
  — Lydia sem falar é uma benção.
  Isso chama a atenção da ruiva, que olha na direção de Stiles. Com toda sua força, Lydia expressa em seu olhar o quanto aquilo a irritou.
  — Stilinski, do fundo do meu coração, vai se foder. — cada palavra é dita com calma, o que faz Malia arregalar os olhos. Isaac quase ri, mas não o faz quando Lydia direciona o olhar vingativo para ele.
  — Toda essa sua raiva é vontade de me beijar reprimida. — Stiles retruca, sem se afetar pelo xingamento. Lydia sorri sem mostrar os dentes.
  — Concordo. — Lydia afirma, fazendo Stiles paralisar. O moreno pisca várias vezes, sem acreditar.
  — O que você disse?
  — Você ouviu. — e antes que o garoto pudesse responder algo, a atenção de Lydia volta-se para seu livro.

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