I. Don't speak

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DRACO LUCIUS MALFOY - P.O.V

Eu estava exponencialmente nervoso.

Coloquei o casaco musgo e ajeitei a calça de couro apertada, sentindo marcar coisas até demais do meu corpo. Passei o creme de lírios e suspirei forçando uma expressão sexy para o espelho.

— Só mais um dia, Draco — sussurrei para mim mesmo.

Passei pela cortina de fumaça que existia e parei estrategicamente no meio do palco. Coloquei o chapéu na cabeça e respirei fundo.

Um, dois, três...

A batida sensual deu-se início e logo uma enxurrada de homens e mulheres estavam à minha frente. O palco negro com a estrutura de metal posta no meio dava um ar mais luxurioso no ambiente, sentia como se fosse a pessoa mais sexy do mundo.

Mexia meu quadril com as batidas e rapidamente minhas mãos foram para o meu chapéu, tirando-os e ouvindo uma salva de assobios, todos os homens querendo chamar a minha atenção.

Foquei minha atenção em algum ponto fixo no fundo do palco e senti minhas pernas seguirem a coreografia aprendida há alguns dias atrás. Eu não sabia exatamente quando aquilo havia deixado de ser algo forçado e virado tão natural.

Eu estava sentindo toda a atenção que eu chamava, mas mesmo assim, eu não conseguia parar de pensar no que iria acontecer depois do show. Senti uma luz ofuscante nos olhos e entendi a deixa.

Coloquei as mãos na minha calça e sorri sedutor, desabotoando a calça lentamente, seguindo a melodia instigante da música e me vangloriando internamente dos olhares de desejo.

— Eu quero você — disse uma voz ao fundo.

— Merlin! Você só pode ser um veela — Revirei os olhos com essa.

As cantadas não pararam, e eu, felizmente, tinha aprendido a ignorá-las e focar apenas na batida da música. Pelo menos eu conseguia terminar o show sem vomitar.

Tirei a calça de couro e joguei na multidão, sentindo as notas caírem aos meus pés. Foi tanto dinheiro para me ver apenas de roupa íntima que durante um tempo eu considerei um absurdo tanto dinheiro por uma dança.

Mas eu aprendi da pior forma que as pessoas pagam caro por um Malfoy.

Segurei a estrutura de metal e iniciei a coreografia, sentindo mais notas ao meu pé. Eram tantas que eu subi um pouco na estrutura, pois atrapalhava meus pés de deslizarem.

Ao fundo eu conseguia ver Maximus sorrindo com os dentes de ouro muito felizes ao ver o quanto eu conseguia ganhar apenas com uma dança.

Quando a música acabou, eu tinha centenas de notas jogadas aos meus pés e os funcionários reunindo todas elas, reduzindo apenas a três sacos grandes de dinheiro vivo.

Entrei no camarim e peguei uma garrafa de água, pondo rapidamente minha roupa de trabalho e esfregando minhas têmporas. Meu nervosismo estava a mil.

Eu não sei exatamente quando comecei a ser um stripper, porém me recordo de ser alguns meses depois da morte dos meus pais na segunda guerra.

Além de ser stripper, eu atendia alguns clientes... exclusivos. A incidência não era tanta, porque o dinheiro da dança conseguia suprir bastante minhas necessidades, até o primeiro lance.

Dez mil reais por uma noite comigo. É lógico que Maximus aproveitou a oportunidade para se aproveitar e usar isso ao seu favor.

Fui coagido a aceitar as ofertas e não irei ser hipócrita, eu nasci no luxo, trocar ele por sexo havia sido uma boa saída para quem não conseguia arrumar um emprego por conta do nome sujo.

Born to D.I.E | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora