XXXII. We born to D.I.E

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Leiam com Born to die - Lana Del Rey. 

Boa leitura, y'all. 


DRACO LUCIUS MALFOY - P.O.V

Um momento.

Eu só precisava de um momento para eternizar tudo o que eu estava sentindo naquele instante.

Na minha família, sempre seguimos a doutrina de que não era preciso dizer muito para conseguir expressar o que queria ou almejava. Quer dizer, ao decorrer dos anos eu fui entender que meus pais na realidade não sabiam se expressar.

E isso reflete. Em nossos primeiros anos de vida, nossos pais são nossos espelhos e nos contentamos com isso. Com a visão de mundo que eles nos proporcionam.

E eu achava que estava tudo bem com isso. Levar as coisas sem a necessidade de mensurar tudo o que sentia através do toque ou das palavras doces.

Até aquele dia.

— Draco, seu filho da mãe, maldita hora que eu deixei você colocar isso em mim! — vociferou Harry com o rosto contorcido em dor.

Eu poderia rir, mas tinha algo nos olhos dele que me indicava que era absolutamente uma má ideia.

— Hazz, relaxa! Pensa depois da cesariana você vai estar lindo com um bebê...

— Meu rabo! Isso dói para um INFERNO! — Ele grita a última parte antes da contração.

Não me sentia seguro estando dentro de um quarto com o cara que enfrentou Voldemort e o bebê dentro dele que o quase matava de dor ao tentar trazer felicidade para o mundo.

Respirei fundo e ofereci minha mão para quando vinham as contrações mais fortes.

Fiquei sentado ali, engolindo os insultos ao meu órgão genital e como eu era um péssimo noivo. Eu sabia que tinha escapulido da boca dele aquela pequena gafe, mas mesmo assim, eu tinha gostado de ouvir.

Sentia saudades depois de 9 meses daquele tom me chamando daquele jeito. Com carinho e devoção.

Eu simplesmente o amava. Muito.

Tentava fingir que não via a aliança de noivado e namoro na mão dele durante todos aqueles meses, mas era algo particularmente difícil de controlar.

Era muito difícil ignorar que ele estava carregando meu filho e que me proporcionava expressão o suficiente para que eu conseguisse mensurar todo o carinho que precisava.

Ele era ele. E não tinha mais o que dizer além disso.

— Estamos preparados, papais — sorri animada Lilá. — Hoje terei ajuda de uma assistente e cirurgiã-geral daqui. Não sei se conhecem, mas essa é a Isabela Negrini.

A menina de olhos azuis penetrantes sorriu de lado, encarando o relógio logo após com certa urgência, como se estivesse atrasada para algo.

— Podem me chamar de Izzy — disse firme. — Estamos prontos.

— Vamos? — chamou Lilá e eu sorri, encarando Harry que estava com uma certa careta. — Vocês têm 5 minutos.

Assim que a porta se fechou, fitei Harry que me olhava parecendo assustado e como se tivesse engolido uma poção bem amarga. Suspirei, andando cauteloso até o batente da cama.

Ele suava frio.

— O que foi? — perguntei baixinho, abaixando até estar altura dos meus olhos favoritos.

Born to D.I.E | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora