XIX. They go back a long time

6K 858 3K
                                    

DRACO LUCIUS MALFOY - P.O.V

— Então vocês estão juntos? — perguntou Teddy lentamente, tentando assimilar a informação que eu e Harry deu.

— Sim — confirmei receoso, com medo da recusa. — Nós estamos nos conhecendo. Tem poucos dias.

Ele fez um som de compreensão, parecendo aceitar bem porque se jogou no meu colo animado.

— Isso quer dizer que você é meu padrinho também? — perguntou inocente, torcendo em expectativa para mim.

Olhei para Harry em pânico sem saber ao certo que resposta dá de volta, porque Remus tinha nomeado apenas Harry como padrinho de Teddy.

— Hã... — cocei a nuca, sem saber o que responder.

— Você o quer como padrinho? — indagou Harry, salvando o momento.

— Sim! — exclamou feliz, me apertando mais nos braços.

— Então, sim, ele é seu padrinho também — sorriu carinhoso, me lançando um olhar significativo.

Aquilo não era pouca coisa. Eu sabia disso.

Teddy era como um filho para Harry e eu sabia, no fundo, que ele realmente tinha ciúmes da enorme queda da criança por mim.

E ele estava aceitando dividir o cargo de padrinho comigo.

Sorri tocado, puxando os lábios para um selinho rápido e soltando uma risada quando Teddy nos separou com um semblante de nojo, me fazendo ter toda a atenção voltada ao pestinha.

— Ele é meu padin — brigou Teddy, arrumando o bico. — Você já ficou esse tempo todo com ele.

— Teddy, você só viajou duas semanas — Harry revirou os olhos.

— Você não sentiu minha falta? — perguntou magoado e eu sempre amaria ver como Harry entrava em pânico ao ver alguma criança chorando.

— Lógico que não! Quer dizer, eu senti sim. Comprei um brinquedo muito legal para você — informou para fazer o menino desmanchar o bico. — E sabe o melhor de tudo? Ele é barulhento!

Teddy arregalou os olhos, saindo do meu colo e sentando no de Harry rapidamente, abraçando daquele jeito fofo e de quando estava excitado com algum brinquedo.

— Eu te amo, pai! — exclamou feliz, selando a bochecha de Harry que tinha virado apenas um boneco de cera.

Arregalei os olhos diante da confissão de Teddy.

Ninguém esperava por isso.

Teddy levantou o olhar, analisando o estado caótico que Harry estava e eu apenas pisquei, perdido quanto ele.

As lágrimas estavam enchendo as esmeraldas daquele grifinório bobalhão e eu sorri tocado pelo momento.

— Eu fiz algo errado? — perguntou Teddy, mirando os olhos em mim em busca de apoio.

Cocei a garganta, me aproximando dos dois e pegando Teddy de volta no colo.

— Sabe, Teddy, é que seu pai está um pouco chocado — expliquei, levantando e o levando em direção a sala. — Vamos deixar ele respirar um pouco e depois ele vai se juntar a nós na sala.

Andei com o pestinha até a sala, deitando com ele em cima da minha barriga e ligando o desenho que ele estava fixado.

Achei melhor deixar Harry chorar as pitangas por ter sido chamado de pai enquanto morre de medo de se tornar pai um dia.

Born to D.I.E | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora