XIII. No, don't wanna do this now

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NOTAS DA AUTORA: Desculpem a demora para atualizar.

FELIZ 1K!!!! Obrigada pelo carinho. <3

Boa leitura, y'all.


HARRY TIAGO POTTER - P.O.V

Eu nunca achei que poderia realmente me sentir assim de alguma forma.

Desesperado. Impotente.

Eu senti isso apenas uma vez na vida, na morte de Sirius, e mesmo assim eu nem havia chorado além de gritar para que ele voltasse.

A partir do momento em que eu recebi aquela ligação, dizendo que Draco estava hospitalizado e se encontrava entre a vida e a morte, eu tive a certeza de pequenas coisas.

Coisas minúsculas e que tinham sido facilmente ignoradas pelo meu ego e minha sede de querer fazer o bem independente de tudo. Além de qualquer coisa.

A primeira delas era que eu estava irrevogavelmente preocupado e mergulhado na dimensão que era gostar de Draco Malfoy. Eu estava me apaixonando, e isso absolutamente me assustava.

A segunda era que eu nunca conseguiria seguir com o que estava acontecendo. Passar as pequenas informações sobre ele, que o mesmo confidenciou apenas a mim.

A terceira era que eu nunca mais deixaria ele pisar os pés naquela boate novamente. Acionei todos os meus meios, todos os meus amigos aurores e coagi bastante o ministério com minha influência política e a boate se encontrava fechada.

A quarta, talvez a mais assustadora, era que eu não conseguia mais ficar sem ele. Eu não queria mais ficar sem Draco Malfoy. E me assustava o quanto eu poderia deixá-lo penetrar minhas barreiras aos poucos, mergulhar na minha vida.

Eu finalmente estava cogitando deixar alguém entrar.

Entrar de verdade.

— O que aconteceu, mi hijo? — perguntou Stella ao ver que eu estava disperso hoje.

Stella era uma senhorazinha que tinha perdido seus filhos em um incêndio na sua antiga residência. Seu marido a abandonou pelas marcas de queimadura em seu rosto e pela depressão que ela tinha mergulhado após perdê-los.

Ela tinha sido internada aqui há muitos anos e eu a conheci quando fazia estágio no St. Mungus antes mesmo de trabalhar aqui. Nós entramos em um processo longo de confiança, porque ela era muito desconfiada sendo sonserina, mas logo tínhamos uma amizade baseada em respeito e amor.

Stella me chamava como 'mi hijo' porque me enxergava como filho. Ela precisa de equipamentos para manter-se bem, por isso eu vinha aguentando todas as ladainhas do ministério. Stella precisava da ala psiquiátrica para manter-se viva.

Eu definitivamente não conseguiria levar até outro lugar porque ela não confiava. Dizia que iria morrer ali se for preciso.

E eu não conseguiria perder mais ninguém.

— Pensando no loirinho bonitinho de novo? — perguntou divertida, me dando pela quinta vez um xeque mate no xadrez que estávamos jogando. — Sabe, eu realmente aprecio o quanto você está tentando por ele.

— Como? — franzi a sobrancelha, sem entender.

— Com a Gina você simplesmente se desligava. Ela nunca foi uma prioridade para você — explicou. — Draco conseguiu te fazer perder duas reuniões e quatro pacientes apenas com um desmaio.

Encolhi os ombros, me sentindo culpado porque eu sabia que ela estava verdadeiramente certa.

— Gina nunca foi a pessoa certa para mim — admiti.

Born to D.I.E | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora