『10』𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁ℴ 10

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Eli me encontrou na porta do dojô e fomos até a sorveteria de taxi. Eu estava ansiosa para aquilo, era nosso primeiro ENCONTRO, mesmo que ele não tivesse dito que era. Confesso que estava com vergonha, e pelo jeito, ele também. Para quebrar o silêncio, quando entramos no lugar, comecei a falar:

- Nossa, que lugar lindo Eli. Nunca tinha vindo aqui.

- Pois é, eu achei a decoração daqui incrível. Vim com minha mãe aqui uma vez e achei que você pudesse gostar.

- Eu adorei, achei bem a minha cara. - Completei rindo.

- Fico feliz por isso. Vem, vamos nos servir - Pude notar que ele estava envergonhado.

Acabei enchendo a cestinha de sorvete. Tinha todos os sabores possíveis ali, o que me deixou bem animada. Eli fez o mesmo, pegou alguns sabores diferentes que eu nunca vi na vida.

- Vamos nos sentar? - Ele perguntou, apontando para uma das mesas.

- Claro - Assenti, e ele deu um espaço, para que eu fosse na sua frente.

Sentamos na mesa e quando olhei para ele, a ponta de seu nariz estava toda cheia de sorvete. Comecei a dar gargalhadas, e ele me olhou confuso.

- O que eu fiz? Por que você está rindo?

- Vem cá, você está todo sujo, vou te limpar - Falei baixo.

Ele se inclinou para que eu limpasse, mas ao invés de fazer o que eu tinha dito, passei sorvete na testa dele.

- Pronto! Agora você está limpinho - Não conseguia parar de rir da cara do garoto.

- Ahh, mas você não fez isso! - Ele pegou a colher e passou por toda a minha bochecha.

- Eli Moskowitz! Eu vou te matar! - Peguei a mão dele e fiz com que ele limpasse meu rosto - Você tem sorte de estarmos em um lugar público, ou eu jogaria todo esse sorvete na sua cabeça.

- Você que começou Jadie! - Ele não parava de rir - Possui até confessar que foi legal.

- Tá bom, foi um pouquinho... - Olhei para ele meio tímida.

- Agora me conte mais sobra você - O garoto pousou seu olhar sobre meus olhos - Por que vocês deixaram o Equador?

- Bom, problemas de família - Dou um suspiro longo, e evito dar muitos detalhes - Meu pai é um babaca - Admito remexendo o sorvete - Uma hora te conto melhor. E você e Demetri, se conhecem a quanto tempo?

- Desde pequenos - Um grande sorriso cobre seu rosto - Somos quase irmãos, do tipo que as famílias se conhecem, e um vai na casa do outro.

- Acho isso tão bacana - retribuo o sorriso - nunca tive amizades tão próximas como a de vocês. Meu melhor amigo sempre foi Miggy. Ele também nunca teve muitas amizades, sempre foi eu e ele.

- Vocês dois são como chiclete, não é? - Eli debocha com uma risada boba.

- Pode ter certeza, eu não largo aquele idiota por nada.

Terminamos de tomarmos os nossos sorvetes e ele insistiu em pagar a conta. Contei um pouco mais para ele sobre a minha história, e sobre a cultura do Equador. Ele ficou bastante interessado no assunto, e eu não poupei em contar tudo o que sabia.

Saímos da sorveteria e ele pediu para eu lhe acompanhar a um lugar. Ele não revelou qual é, mas é óbvio que eu não recusei.

Eli chamou um táxi que não demorou muito para chegar. O trajeto foi curto, e o motorista nos deixou em um enorme parque ecológico.

Andamos por alguns minutos até chegarmos a um enorme morro. Precisei me apoiar em seu corpo para conseguir subir, pois não dá para negar que eu tenho medo de altura.

Lost in your ocean eyes - Cobra Kai Onde histórias criam vida. Descubra agora