II • "Me dê um gole de vida"

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Apesar de ter bebido apenas uma garrafa pequena de cerveja, me sinto levemente tonta, meu corpo se mostra bem diferente da adolescência cheia de adrenalina e vontade de fazer todas as coisas erradas, pra me sentir interessante

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Apesar de ter bebido apenas uma garrafa pequena de cerveja, me sinto levemente tonta, meu corpo se mostra bem diferente da adolescência cheia de adrenalina e vontade de fazer todas as coisas erradas, pra me sentir interessante. Sentir que estava viva.

Não sei se o sentimento que passa a me tomar agora é comparável, pois como havia dito a minha melhor amiga, eu não estou vivenciando nenhuma fase do pós término ainda.

Suspiro alto mas sei que não sou ouvida.

Deixo meu corpo relaxar no sofá confortável da sala que divido com um casal na outra extremidade, mas esses não me incomodam. Depois de uns dois minutos ouvindo os garotos falarem de algum jogo enquanto baforavam por todo lugar, eu já havia desistido de "me divertir" como Mariana esperava.

Ela, por outro lado, parecia estar aproveitando a companhia do rosto tatuado e principalmente da boca que formava o sorriso quadrado. Não sei se posso culpá-la, dedicou o dia inteiro a mim e meu fim de relacionamento fracassado. À essa altura eu posso apostar que está em alguma das portas fechadas ao longo do corredor, já tem um tempo que a perdi de vista.

Brinco com a ponta do meu vestido com os dedos, pensativa. Quer dizer, a dúvida que mais ronda a minha cabeça é a de se devo ir embora enquanto é tempo ou ficar louca de vez. Rio um pouco com o segundo pensamento. Eu não lembro nitidamente a última vez que me permiti ficar bêbada, o Breno nem me deixava beber muito.

Foda-se.

Sei que se continuar a me preocupar com meus pensamentos, vou contribuir com uma ansiedade que não preciso agora. É melhor alimentar meu corpo de álcool enquanto minha respiração ainda não está falha.

Busco um copo limpo e coloco um pouco de vodka nele, não suporto a bebida com tranquilidade mas a parte inconsequente do meu cérebro acha uma boa ideia desenvolver essa tolerância agora. Viro o shot com pressa, o ardor desce em minha garganta me trazendo uma sensação forte. Parece que a cena da cafeteria é apenas uma lembrança enevoada agora. Gosto disso. Viro o segundo shot numa busca um tanto desesperada por sentir de novo.

As luzes se apagam, olho ao redor um pouco confusa, mas percebo que luzes coloridas se acendem nas extremidades da sala, o clima passa a combinar comigo e com a música que toca, uma das poucas que conheço. Com a coragem que a vodka me proporciona, movo meu corpo até o centro, onde outras duas garotas dançam e me junto a elas.

Acabo por dar uns goles nos copos de cada uma, mesmo sem saber que tipo de bebida tinham e percebo minha fraqueza ao não reconhecer.

Passo a me sentir mais confortável, danço próxima demais das meninas, atraindo outras pessoas, homens principalmente.

Um deles chega por trás, passando sua mão por minha cintura, eu sinto o calor do seu corpo e me assusto um pouco por notar que as proporções dele são muito diferentes das que estava acostumada. Por um lado já havia realizado que não namorava mais, porém o outro me deixa um pouco hesitante. Odeio esse tipo de sentimento.

Não existe amor em SP • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora