XVII • "Vinho branco e beijos no pescoço"

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Aviso: conteúdo sexual

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Ela é oceano. Quero me afundar, me afogar e perder o ar.

Tenho certeza que não vê nos meus olhos estreitos de lombra o quanto me arrancou sorrisos bobos, porque sua existência é tão profunda, de uma forma que nunca serei. Ouço a voz que fala no meu ouvido que sou pouco demais pra ela e não custo a acreditar nisso, pena que meu lado babaca tem um tom de voz mais sensual, falando exatamente o que quero ouvir, de que pelo menos meu corpo merece o seu e essa sacanagem já basta.

Encaro o laço que amarra a parte superior de seu biquíni branco, marcando linhas bronzeadas, com a pele de tom mais forte que de costume. Ramona gargalha com um copo de caipirinha na mão, balançando as pernas dentro da água da piscina e ao ver que Mariana a acompanha nos risos, deduzo que Taehyung falou alguma besteira, ele sempre fala.

Logo estaremos de volta a um cenário oposto desse, que sinto uma calma estranha, longe de toda a minha realidade, o que soa como fuga, mas tem sido longe disso. Eu não sinto como se estivesse escapando para aguentar mais um dia de existência, eu respiro.

Continuo a comer uma das panquecas que encontrei prontas na cozinha, mastigando a massa devagar por que minha mente se encontra longe, ou tão perto quanto imagino. Lembro da noite anterior, em que os traços da mulher à minha frente se tornavam mais irresistíveis conforme a droga alcançava meu cérebro e de repente, ela era a própria dopamina. Não dá pra descrever as sensações que percorreram meu corpo com seu rosto preso no meu, o olhar dissimulado me questionando se gosto de segredos. Solto um riso anasalado com tais imagens na minha cabeça e me mantenho observando.

Takeshi joga na sala, completamente concentrado como de costume e não há sinal de Amanda, que deve estar longe agora. Despejo um gole da jarra de caipirinha disposta na mesinha externa, engulo como se fosse uma dose de coragem, porque fico nessa nova posição com o desafio que me foi proposto.

Subo as escadas e espreito o quarto do final do corredor, o qual divido com Tom, testemunhando seu sono pesado que perdura desde o dia anterior, em meio as minhas lembranças cortadas.

Viro o rosto ao ouvir a voz feminina murmurar algo nas imediações da escada.

Caminho até lá arrastando os pés.

Meus olhos se fixam nas curvas pouco acentuadas dos seios, cobertos por um pano pequeno para combinar com o tamanho delicado deles. Com preguiça, faço contato visual direto, e seus olhos não são menos fascinantes que todo o resto, me perco em cada cantinho dela em questão de segundos e me quebro por dentro para não admitir isso.

Pareço estar pagando um preço muito alto por tê-la provado. Querendo um pouco mais a cada encontro, querendo sentir de novo e sentir algo novo.

Ramona tenta passar por mim, mas não permito tanto, caminhando de costas conforme ela segue em minha direção. Um sorriso sacana me surge por estar gostando demais disso.

Não existe amor em SP • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora