TRÊS MESES DEPOIS - FIM

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— O patrão tem visita... — Felícia informa, após bater na porta da sala e entrar devagar. — É o Sr. Isaque.

— Traga-o no meu escritório.

— Sim, senhor.

Dois minutos depois, quando Isaque aparece para conversarmos, as notícias que me traz são as mesmas do que há uma semana. Nem um rastro seu, nada!

— Estamos fazendo o possível, Dexter. Ela pode estar em qualquer lugar. Ou até fora da cidade.

— Pois faça mais, porra! Não é um dos melhores detetives do Brasil? Estou te pagando para encontrá-la! Agora some daqui!

Isaque respira fundo, levanta-se da cadeira e se retira sem me contestar

Eu bato na mesa, sem parar de pensar nela, na sua inocência, nos perigos que pode estar enfrentando.

Se a Kia tivesse ido pelo menos para a casa do energúmeno do seu pai aquela madrugada, mas não. Quando invadi o casarão com os meus homens, ela não estava lá também. Ela não estava em lugar nenhum.

Meu peito se aperta, ergo-me da cadeira, angustiado e com os olhos ardendo.

Eu preciso te achar Kia, eu preciso saber se está bem... eu preciso de você...

Minha mente martela todas as noites, não só pelo meu pai, mas também pela voz, as imagens dela. Estou enlouquecendo, tenho sonhos com a Kia sozinha numa estrada de chão, com um homem segurando os seus braços. E Kiara chora, berra, chamando-me para socorrê-la, para ajudá-la. Eu corro, eu tento ajudá-la, eu faço de tudo, mas quando eu chego perto deles, vejo-me no homem, vejo os meus braços sobre a Kia, a machucando.

Eu fecho os olhos... e deixo um risco de lágrima cortar a face.

Ela não devia ter feito isso, eu não aceito que tenha fugido e que esteja se escondendo de mim. Eu não posso ser desse jeito... não posso.

Que droga, o que está acontecendo? Por que tinha que ser assim, pai? Eu não sou como o senhor, você não me perdoaria, nem sentiria orgulho do que me tornei. E eu sei que não devia ter feito o que fiz aquela menina, a minha mulher, mas eu fiz e não sei como mudar nada disso.

Eu não sei... eu não faço a mínima ideia!

E é tarde.

****

Kiara Dexter

— O que está sentindo? — Dona Simone corre para me socorrer perto do pé de manga. — Minha, filha, diga alguma coisa!

— Estou zonza e enjoada.

— Meus Deus, você não vai aguentar os trabalhos brutais da fazenda, deve voltar para a sua casa.

— Não, eu não posso voltar! — Tento me equilibrar, mas ela me segura.

— Eu não te conheço, menina, mas conheço os sintomas de gravidez e você está grávida!

Arregalo os olhos, negando a verdade com a cabeça.

— Não, e-eu não estou!

— Kia, você está sim! Eu tenho quatro filhos para te dar a certeza disso.

— Não, dona Simone... — eu começo a chorar.

— É por isso que fugiu da sua casa? Seus pais não aceitaram a gravidez?

Eu nego, em dor.

— Sou casada. Eu fugi do meu marido, ele era um homem ruim, que só me machucava. E agora grávida que eu não posso voltar mesmo. Ele vai querer tirar a criança de mim.

— Ah, meu bem, que horror. Eu sinto muito por tudo isso. — Ela acaricia o meu rosto. — Só que não pode mais ficar nessa fazenda, não vai aguentar o trabalho pesado da lavoura, nem da casa do Sr. Barão.

— E para onde eu vou? Eu tive a sorte de ser acolhida pela senhora daqui.

— Enquanto não estava grávida. Agora nessa situação, ela pode te escorraçar.

Eu coloco a mão na barriga, olhando para ela.

— O que farei? Eu quero ter o meu bebê, dona Simone. Eu quero cuidar dele, ou dela.

— Irei te ajudar. Por isso, vamos segurar as pontas por mais um mês, até o seu dinheiro comprar uma passagem de ônibus para a cidade vizinha.

— A cidade vizinha?

— Eu tenho conhecidos por lá que podem te ajudar a ficar em segurança e também, a te ajudarem durante o crescimento da barriga. Prometo que não passará fome, nem frio. Além disso, não se esforçará tanto num trabalho braçal. Mesmo que precise trabalhar.

— Não sei como agradecê-la, aceito qualquer coisa para eu conseguir ter o meu bebê — digo emocionada. — E ficar longe daquele homem.

Qualquer coisa...

Fim..

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Ademais, agradeço a compreensão e a educação de quem entendeu e leu o capítulo depois desse, onde explico a mesma coisa.

Atenciosamente,

Rafaela Perver.

Rafaela Perver

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