Assim que ele parou de se mover e vestiu algo de uma cartelinha preta, o senti se encaixar em mim. Desesperada, comecei a me mexer. Mas o Sr. Dexter pediu bem baixinho para que eu não fizesse isso, ou poderia entrar de uma vez e me machucar. Fiquei quieta, amedrontada com as sensações entranhas.
Até ele me beijar na boca e iniciar a penetração lenta e... horrível, como se estivesse me rasgando.
Isso dói, machuca.
Seguro-me nos seus braços, deixando uma lágrima escapar na hora que ele força e algo se rompe no interior da minha intimidade.
— Senhor... pare — choro em meio aos seus lábios, o chamando para que pare. — P-por favor, pare.
Mas o Sr. Dexter continua indo... forçando o seu órgão até chegar no fundo, onde enfim para.
Assustada, respiro ofegante, apertando as minhas coxas no seu quadril. Ele me olha. Tento o mesmo, só que meus olhos estão arregalados e marejados. Encontro-me tremendo.
— Eu sei que dói. Mas não podia parar. Faz parte da sua primeira vez — então ele volta a se mover sobre mim, raspando a sua pele quente nos meus seios. — Prometo que ficará melhor.
Eu fecho os olhos, com uma dor igual cólica no ventre. Ele se mexe cada vez mais lento. O chamo, sem entender que agora a dor é mínima e que as minhas lágrimas pararam.
— Continua com dor?
Confirmo confusa, pois sinto-me melada e mais fácil para os movimentos que faz; entrando e saindo
— Está é excitada... — Sr. Dexter resmunga entre os dentes, focado em me observar e controlar a sua respiração. — Porra, é muito apertada... demais... — resmunga de novo, quase inaudível.
Eu o ouço, mas não compreendo se é ruim. Na verdade, eu não compreendo coisa nenhuma, nem o porquê da minha dor ter ficado boa e suportável – mesmo assim ainda dói.
De repente ele se inclina, chupando o meu pescoço conforme balança e range a cama. Eu arquejo, notando que algo está surgindo forte no meu ventre, perto do estômago. Minha respiração fica mais acelerada e ofegante. Choques me tomam dos pés à cabeça. Meus bicos dos seios ficam mais duro, arqueio a coluna e então algo se explode em mim, suplicando para que ele pare e para que eu feche imediatamente as pernas.
Sr. Dexter segura os meus braços. Eu não vejo, nem ouço o meu redor. Só arfo, tentando controlar o meu coração que quer saltar pela boca.
Quando o Sr. Dexter me solta eu abro os olhos, sentindo-o se retirar de cima. Fico vazia e um pouco dolorida das coxas e na minha intimidade.
Ele não fala nada. Apenas se deita ao meu lado, coloca o braço sobre as têmporas e... nada mais.
Com a sensação estranha de nudez, eu puxo os lençóis e me cubro com muita vergonha. Tento não olhar para ele, que está com as suas partes masculinas descobertas. E me deito afastada, tão cansada e dolorida que não consigo pensar.
E eu que nunca fui de dormir fácil, pela primeira vez adormeço em poucos minutos.
• • •
Pela manhã acordo em meio ao escuro das cortinas, ouvindo os passarinhos cantando na janela da varanda. Abro as pálpebras e sinto o meu corpo mais dolorido do que ontem. Principalmente na minha parte intima, que está ardendo.
Respiro fundo, aperto o lençol no corpo e me concentro nas dores das costas e das coxas ao me erguer e me sentar devagarinho na beirada da cama.
Percebo também o lado do Sr. Dexter vazio. E do fundo do meu coração eu agradeço a Deus por ele não estar aqui deitado, pois não aguentaria a vergonha de olhá-lo.
Eu me tornei mulher... sua mulher. Agora ele não vai poder me devolver para o meu pai, nem anular o nosso casamento.
Afasto o lençol da cama e sem esperar, solto um pequeno grito de espanto ao ver uma mancha muito grande de sangue no forro do colchão.
Eu estou sangrando? Por que estou sangrando tanto?
Assustada, me coloco de pé com a minha nudez e vou ligeira até um dos dois banheiros chiques. Mas ao entrar e passar o papel higiénico, vejo que não é a minha menstruação. Resolvo fazer xixi... e foi a pior coisas que eu resolvi fazer, porque ardeu mais do que já estava sentindo.
Eu me ergo, puxo a porta de vidro que divide a ducha e ligo o registro do chuveiro bonito, para me enfiar embaixo dele e abraçar os meus braços, enquanto tremo os dentes devido a água imensamente gelada.
— K-Kiara... — Dona Felícia arregala os olhos ao me ver saindo lenta do hall, enrolada numa toalha branca.
Eu paro, coro as bochechas e encolho os ombros, com muito, muito frio.
— Meu Deus, você está ensopando o assoalho. Por favor, seque os seus cabelos, eu vou pegar uma peça de roupa no seu closet. Está meio frio hoje.
A espero parada no mesmo lugar. E ao voltar ela vem com um dos meus poucos vestidos. E olhando-me advertida.
— Querida, você precisa se secar. Seu cabelo está escorrendo pelo seu rosto, costas e braços. Se encontra já numa poça.
— Desculpa... é-é que me sinto... perdida — sussurro baixinho.
Felícia sorri compadecida e triste.
— Vou ajudá-la. Vem, vamos secar os seus bonitos cachos e vestir o seu vestido. Depois peço para alguma das meninas cuidar do chão e dos forros da cam... — Ela pausa, corada. — Venha. Imagino igualmente que esteja faminta.
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COMPRADA SEM AMOR • COMPLETO
Romansa+18 | Após um mês completado os seus dezessete anos, Kiara Lemos foi vendida pelo próprio pai para um fazendeiro milionário do estado, o recém herdeiro Anton Dexter. E em meio a sua inocência ela acredita que o homem que a comprou como esposa é um p...