Desabrochar

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Notas do Autor


Olá meus queridos, tudo bem com vocês? Demorei, mas finalmente apareci. Correria de sempre e exaustão a mil... Eu sinceramente não sei se vocês vão gostar desse capítulo, ele foi difícil, demorei muito para escrever, reformulei varias coisas, deletei partes inteiras e reescrevi outras até chegar a esta versão final. Acho que vai compensar toda essa minha demora, certo?!

Boa leitura a todos e até breve!!!


~***~

Capítulo 37 - Desabrochar


Temístocles já esperava pela visita de Harmonia, era um acontecimento do qual não poderia desviar-se, quando a deusa lhe procurara há dois anos para tratar sobre assuntos específicos envolvendo o futuro de Silena, deixara o general completamente ciente de que o tempo da semideusa ao seu lado seria findável como a contagem de uma ampulheta.

-Bem sei que também tem planos para a filha de Athena, ou estou enganada?! - as palavras chamaram novamente a atenção do ateniense, os olhos azuis penetrantes sustentando o seu olhar com segurança.

Ele apenas confirmou com a cabeça, poderia estar naquela sala em corpo presente, mas seu inconsciente vagava incansavelmente por seus pensamentos turbulentos como as ondas inconstantes do Egeu. Atenas, os persas, as alianças, os possíveis golpes políticos, as profecias de pítia em Delfos, a segurança de Annabeth, Perseu e Silena... Eles poderiam não ser seus filhos legítimos, mas nutria sentimentos por aqueles que viu crescer sobre sua casa, proteção e ensinamentos. Harmonia estava certa no que havia salientado, não era apenas a filha de Afrodite que se afastaria Annabeth e Percy também estariam mais seguros fora das atenções da pólis durante os próximos anos. Sabia que as piores traições poderiam advir dos locais menos aguardados.

-Ela estará em segurança comigo... - ressaltou novamente a mulher com um olhar convicto de cada uma das palavras que lhe saia. - não duvido de sua capacidade, mas acredito que eu possa fazer um pouco mais por ela nesse momento do que você.

-Não tenho dúvidas disso. - respondeu prontamente, sequer lhe passou pela cabeça a possibilidade de duvidar da capacidade da deusa em não cumprir com a sua palavra. - tu possuis um carinho genuíno pela menina e sei que é recíproco... Talvez eu os tenha colocado em uma redoma que nem mesmo eu percebi.

Ele não tinha o que temer, confiava em Harmonia apesar de ser alguém conjeturado por natureza, era do tipo que preferia pecar pela cautela e atacar nos momentos certos, tinha muito de sua patrona em sua personalidade, não podia negar. Pela primeira vez naquele dia ele sorriu, estava orgulhoso, Silena estudaria a fundo os dons apurados da deusa, passaria mais tempo no templo dedicado a Afrodite e Harmonia lhe acompanharia nesse período disfarçada de alguma das sacerdotisas.

-Eles devem estar reunidos no gineceu, por mais que Perseu não tenha tanta liberdade é quase impossível separar esses três. - informou ao se levantar, a mente um pouco mais leve que antes, era bom deixar todos os questionamentos de lado por alguns instantes. - venha comigo, por favor.

Andaram a passos tranquilos pelo caminho guiado pelo anfitrião, passaram pela porta pesada e seguiram pelas escadas que levavam ao andar seguinte, o ambiente reservado apenas para as mulheres. Como já era de se esperar os três semideuses encontravam-se distraídos em suas atividades, na verdade Silena ria enquanto Annabeth tentava convencer Perseu de que suas anotações estavam completamente equivocadas. Temístocles pigarreou brevemente, chamando a atenção dos mais jovens, o filho de Poseidon e a filha de Athena olharam de forma intrigada para a mulher até então desconhecida, mas Silena levantou-se, como se já tivesse ciência do que desencadearia com aquela visita.

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